quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

AGRICULTURA - BRUCELOSE DOENÇA INFECTOCONTAGIOSA " NÃO TEM CURA"

Postado  quarta-feira, 11 de janeiro de 2012  |  Ler Matéria»




Brucella abortus é uma bactéria gram-negativa, patógeno intracelular, que causa febre ondulante, e artrite em humanos e infertilidade em animas, resultando em sérias perdas econômicas. O reconhecimento de Brucella por receptores associados ao reconhecimento de padrões (PRRs), como os receptores do tipo Toll(TLRs), é importante para o estabelecimento de uma resposta eficaz, uma vez que este culmina na polarização da resposta imune para o perfil Th1, determinante no controle da infecção por esta bactéria (Golding et al., 2001).
TLR4 (Campos et al., 2004), TLR2 (Giambartolomei et al., 2004) e TLR9 (Huang et al., 2005) participam no reconhecimento da Brucella abortus in vitro, contudo, TLR 2 e TLR4 não são essenciais ao controle de infecções por Brucella in vivo. Já a molécula MyD88, principal adaptadora na sinalização de TLRs, possui papel relevante no controle de infecções desta bactéria in vivo (Weiss et al., 2005). Embora Brucella seja capaz de estimular diversos TLRs, não se tem compreensão exata de qual modo o reconhecimento por TLRs é utilizado
para montar uma resposta eficaz contra a bactéria. As células dendríticas (DCs) são as únicas células encarregadas da produção de IL-12 no baço em resposta a Brucella abortus inativada pelo calor (Huang et al., 2001), o que as torna, além de potencial sítio de infecção (Billard ET al., 2005), células importantes no desencadeamento da resposta imune. O objetivo deste trabalho foi, então, avaliar o papel da molécula MyD88 e TLRs no reconhecimento da
Brucella abortus em DCs. Surpreendentemente, ao contrário do esperado para uma bactéria gram-negativa, a produção de citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-12p40 e a maturação de células dendríticas derivadas de medula óssea (BMDCs) foi dependente da molécula MyD88. Estudamos então, BMDCs derivadas de camundongos TLR2-/- e TLR4-/-, de onde podemos concluir que a maturação e produção de IL-12 e TNF-α em resposta à Brucella abortus nestas
células é dependente de TLR2, mas não de TLR4. A dependência de TLR2 para a resposta de BMDCs a Brucella foi ainda confirmada através do bloqueio, com anticorpos específicos, deste receptor em células selvagens, o que as tornou irresponsivas a estimulação por Brucella. Interessantemente, os resultados obtidos variaram de acordo com a linhagem celular, já que macrófagos com TLRs bloqueados por anticorpos apresentaram dependência de TLR2 para a
produção de TNF-α, mas não IL-12, assim como descrito por outros (Huang et al., 2003). A maturação de células esplênicas de camundongos após estimulação in vivo foi mediada por MyD88, mas não por TLR2. Este resultado contraria, em parte, os dados observados in vitro, possivelmente devido à existência de outros subtipos de células dendríticas no organismo. O sutil papel do receptor do tipo Toll 4 nas respostas de BMDCs à Brucella abortus, condiz com
as propriedades do lipopolissacárideo da Brucella que apresenta imunogenicidade reduzida (Lapaque et al., 2005). O cenário emergente deste estudo é que Brucella abortus estimula RESUMO – DISSERTAÇÃO DE MESTRADO – DIOGO MAGNANI produção de citocinas em subtipos de DCs de maneira dependente de TLR2. No baço, as células dendríticas reconhecem os PAMPs de Brucella por outro receptor, provavelmenteTLR9. Esta produção resulta na diferenciação de linfócitos efetores em células Th1 que, por
sua vez, produzem IFN-γ, ativando toda a cascata da resposta imune a jusante.



Fonte: ADAGRO/ SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE
           TÉCNICO MÁRCIO

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Um comentário:

  1. O perigo é tomar o leite inatura, e comer queijo de qualho sem o devido cusimento. Cadê o Estado com sua fiscalização a esta clandestinidade. Depois de contaminado jogue a sorte pra cima.

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