28.10.16
Dois réus são condenados pelo assassinato do promotor Thiago Farias
Promotor de Justiça Thiago Soares, de 36 anos, foi executado com quatro tiros na cabeça na em 15.19.13
Juíza Federal
1 José Maria Pedro Rosendo Barbosa
Condenado a 50 anos e quatro meses de reclusão
2 Adeildo Ferreira dos Santos
Absolvido
3 José Marisvaldo Vitor da Silva, o Passarinho
Condenado a 40 anos e oito meses de reclusão
·
·Após quatro dias de júri popular, o Conselho de Sentença decidiu pela
condenação de José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como José Maria de
Mané Pedro, e de José Marisvaldo Vitor da Silva, conhecido como Passarinho,
pelo assassinado do promotor Thiago Faria Soares e pela tentativa de homicídio
da noiva dele, Mysheva Freire Ferrão Martins, e do tio dela, Adautivo Martins.
O agricultor Adeildo Ferreira dos Santos foi inocentado pelos jurados. O
julgamento, iniciado na última segunda-feira (24). Os advogados deles pretendem
recorrer.
O veredicto foi conhecido por volta das 4h30 desta sexta-feira (28), na sede da
Justiça Federal, no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife. Apontado como
mandante do crime, José Maria Rosendo foi condenado a 50 anos e 4 meses de
reclusão em regime fechado. Como foi preso em 28 de outubro de 2014, restam 48
anos e quatro meses.
José Marisvaldo, que teria tido o papel de seguir o promotor e informar aos
atiradores onde ele estava, foi condenado a 40 anos e 8 meses em regime
fechado. Restam-lhe 31 anos e 8 meses a cumprir. Foram negados os pedidos de
ambos de apelar em liberdade.
O assassinato de Thiago Faria ainda tem dois acusados, os irmãos Antônio
Cavalcante Filho e José Maria Domingos Cavalcante. Antônio está foragido e José
Maria, que está no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu
e Lima, será julgado no dia 12 de dezembro porque o advogado dele, Emerson
Leônidas, faltou a esse júri popular.
Abraçados, Maria
do Carmo Faria e Daniel Farias, mãe e irmão do promotor, eram
emoção pura. Choraram, rezaram e vibraram com a condenação de dois dos três
réus que eram julgados. Houve ainda um suspiro de decepção com a absolvição de
Adeildo, mas o resultado, em geral, foi considerado satisfatório. “Imagine eu
aqui há quatro dias e agora, ao final, receber essa notícia, que foi muito
justa. O meu filho merecia Justiça e agora ela começou a ser feita. Ainda temos
dois julgamentos e eu espero êxito nos outros dois também”, declarou a
aposentada de 71 anos, que acompanhou os quatro dias do júri ao lado do filho.
Daniel Faria também acha que foi feita Justiça. “Claro que em parte, porque
ainda tem uma pessoa foragida, uma pessoa que será julgada, mas me sinto muito
satisfeito com a decisão e muito feliz porque sei que o meu irmão vai descansar
em paz agora”, observou.
O advogado da família, André Canuto, também comentou o veredicto e chegou a
emocionar-se, recebendo o carinho da mãe do promotor, que enxugou suas lágrimas
e agradeceu por todo o apoio. "Acho que o resultado reflete o que eu já
falava desde o primeiro dia. Que a prova dos autos eram contundentes. Que por
mais que a defesa usasse de estratagemas e de teses mirabolantes para implantar
dúvidas, eu aqui, durante o dia de hoje, várias vezes intervi para dizer que
dúvidas não havia. Perícia, prova técnica... Além disso você tem provas
contundentes do principal acusado, José Maria Rosendo, em vários momentos desse
processo", salientou, acrescentando que não pretende recorrer da decisão
sobre a absolvição de Adeíldo.
Além dos três réus julgados, outras duas pessoas são acusadas de participação
no assassinato. José Maria Domingos Cavalcante, também acusado ser um dos
executores do promotor, teve seu processo desmembrado por falta de advogado e
será julgado no dia 12 de dezembro. O quinto envolvido, Antônio Cavalcante
Filho, está foragido.
O júri
O júri popular começou na última segunda-feira (24), com o depoimento da
noiva de Thiago Faria, a advogada Mysheva Martins, então noiva da vítima. Ela
relatou os últimos acontecimentos antes de o noivo ter sido assassinado em
outubro de 2013 e chegou a se emocionar quando detalhou o crime. Em seu
depoimento, o delegado Alexandre Alves, responsável pelas investigações,
defendeu a noiva de Thiago Faria. Ele disse também como chegou a cada um dos
acusados.
Durante a terça-feira (25), a antiga moradora da Fazenda Nova, Cláudia Tenório
Freire de Melo, que é tia de Mysheva Martins, fez um relato breve de uma ameaça
que José Maria Pedro Rosendo, o Zé Maria de Mané Pedo, teria feito ao promotor
- teria prometido "estourar a cabeça" de Thiago. No mesmo dia, o
inventariante da Fazenda Nova, Carlos Ubirajara, afirmou que a área que se
tornou foco da disputa que culminou na morte de Thiago não tinha renda mensal.
Pelo contrário, que "só dava dor de cabeça".
Mas, no depoimento de Mysheva Martins, no dia anterior, ela contou que a fonte
de água mineral existente no local renderia cerca de R$ 1, 4 mil diariamente,
ou seja, mais de meio milhão por ano.
O perito criminal federal Carlos Eduardo Palhares Machado retratou, também na
terça, a trajetória das balas e dos ferimentos na vitima. Ele declarou que
houve divergências entre as perícias feitas pelas polícias Civil e Federal.
Segundo Palhares, a Civil, por exemplo, afirmou que o primeiro disparo havia
sido fatal, o que ia de encontro ao depoimento de Mysheva, que dizia que Thiago
ainda teve tempo de encostar o carro antes de ser atingido pelos demais tiros.
O perito afirmou que a PF confirmou o depoimento de Mysheva, de que o segundo
tiro é que foi fatal.
Na quarta-feira (26), o destaque foi a ouvida de José Maria Pedro Rosendo
Barbosa, acusado de ser o mandante do crime. Inocentado em dois proces¬sos por
cárcere privado e sequestro nas comarcas de Vitória de Santo Antão e Garanhuns,
o fazendeiro Zé Maria de Mané Pedro, como é conhecido, foi interrogado por
quase cinco horas.
Negou envolvimento na morte de Thiago e, quando pode, lançou suspeitas sobre
Mysheva e o ex-namorado dela, um empresário do ramo de funerárias. Segundo Zé
Maria, Mysheva “vale por dez jararacas (serpentes de até 1,6m)” e que cresceu
“sendo envenenada pelo pai”.
Ainda na quarta, no interrogatório de José Marisvaldo, ele respondeu quase
todas as perguntas por quase duas horas. Só se recusou a responder às do
assistente de acusação de Mysheva. Adeildo Ferreira dos Santos também foi
ouvido na quarta-feira, mas evitou responder a maioria das perguntas, dizendo
repetidas vezes que não se recordava bem dos fatos.
Nessa quinta (27), ao longo do dia, houve os debates entre acusação e defesa.
Cada uma das partes teve três horas para expor os argumentos. No caso da
defesa, o tempo foi dividido entre os advogados dos três réus. O advogado João
Olímpio Mendonça, que representa José Maria Rosendo, afirmou que as acusações
são embasadas somente na conduta dele anterior ao crime e que estavam tentando
formular uma imagem "de cão de tridente, a figura do diabo" a
respeito do réu.
Já José Rawlinson Ferraz, que representa Adeildo Ferreira dos Santos, declarou
que o acusado “é uma moça”, buscando mostrá-lo como uma pessoa frágil, ingênua,
"matuta". Ele disse que Adeildo só foi interrogado por pouco mais de
10 minutos e indiciado em seguida.
Anderson Flexa, que defende José Marisvaldo Vitor da Silva, contestou provas e
depoimento de Mysheva. Ele mostrou imagem de uma câmera de circuito interno em
que um motociclista aparece seguindo o carro do promotor. Para o advogado, o
porte físico da pessoa que aparece na filmagem não combina com o do réu e que a
moto não era a dele.
Na acusação, o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Bruno Costa
Magalhães recitou, para sensibilizar o júri, um poema de Rubem Alves sobre a
perda de um filho. Ele pediu uma condenção maior para Zé Maria Mané Pedo por
haver “arquitetado o crime”.
Como motivação para o assassinato, destacou desavenças com Lourival, pai de
Mysheva, e a confusão por conta da herança. Ele também mencionou divergências
na área demarcada na fazenda e o fato de Thiago ser uma peça fundamental na
imissão de posse das terras. Já o advogado assistente André Luiz Canuto
destacou investigação da Polícia Federal que, de maneira técnica,
"desvendou mentiras nas versões dos depoimentos dos acusados" - eles
falavam que estavam num local quando estavam em outro (a PF fez rastreamento
das antenas do celular).
Na réplica, o procurador da República disse que os réus agiram "como
feras" no dia do crime. Ele ainda usou seu tempo de fala sobre as
alegações da defesa para mostrar fotos do corpo desfigurado do promotor e
reforçar a tese de culpa dos acusados. "Isso é bicho e bicho tem que ser
enjaulado”, comentou. Na tréplica, o defensor João Olimpio Mendonça colocou em
dúvida a versão da noiva do promotor na época, a advogada Mysheva Martins.
"Na parte do passageiro foi encontrado no assoalho uma sandália e uma
bolsa marrons. Houve alteração do local do crime, com realocação desses
objetos", diz, lendo documento da perícia anexado ao inquérito,
acrescentando que isso fez os peritos concluírem que esses objetos não estavam
dentro do carro. O advogado de Mysheva, José Augusto Branco, faz um aparte
dizendo que perito que elaborou laudo em 3D explica a respeito da falta de
sangue nos objetos da então noiva da vítima.
28.10.16
Dois réus são condenados pelo assassinato do promotor Thiago Farias
Promotor de Justiça Thiago Soares, de 36 anos, foi executado com quatro tiros na cabeça na em 15.19.13
Juíza Federal
1 José Maria Pedro Rosendo Barbosa
Condenado a 50 anos e quatro meses de reclusão
2 Adeildo Ferreira dos Santos
Absolvido
3 José Marisvaldo Vitor da Silva, o Passarinho
Condenado a 40 anos e oito meses de reclusão
·
·Após quatro dias de júri popular, o Conselho de Sentença decidiu pela
condenação de José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como José Maria de
Mané Pedro, e de José Marisvaldo Vitor da Silva, conhecido como Passarinho,
pelo assassinado do promotor Thiago Faria Soares e pela tentativa de homicídio
da noiva dele, Mysheva Freire Ferrão Martins, e do tio dela, Adautivo Martins.
O agricultor Adeildo Ferreira dos Santos foi inocentado pelos jurados. O
julgamento, iniciado na última segunda-feira (24). Os advogados deles pretendem
recorrer.
O veredicto foi conhecido por volta das 4h30 desta sexta-feira (28), na sede da
Justiça Federal, no bairro do Jiquiá, Zona Oeste do Recife. Apontado como
mandante do crime, José Maria Rosendo foi condenado a 50 anos e 4 meses de
reclusão em regime fechado. Como foi preso em 28 de outubro de 2014, restam 48
anos e quatro meses.
José Marisvaldo, que teria tido o papel de seguir o promotor e informar aos
atiradores onde ele estava, foi condenado a 40 anos e 8 meses em regime
fechado. Restam-lhe 31 anos e 8 meses a cumprir. Foram negados os pedidos de
ambos de apelar em liberdade.
O assassinato de Thiago Faria ainda tem dois acusados, os irmãos Antônio
Cavalcante Filho e José Maria Domingos Cavalcante. Antônio está foragido e José
Maria, que está no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu
e Lima, será julgado no dia 12 de dezembro porque o advogado dele, Emerson
Leônidas, faltou a esse júri popular.
Abraçados, Maria
do Carmo Faria e Daniel Farias, mãe e irmão do promotor, eram
emoção pura. Choraram, rezaram e vibraram com a condenação de dois dos três
réus que eram julgados. Houve ainda um suspiro de decepção com a absolvição de
Adeildo, mas o resultado, em geral, foi considerado satisfatório. “Imagine eu
aqui há quatro dias e agora, ao final, receber essa notícia, que foi muito
justa. O meu filho merecia Justiça e agora ela começou a ser feita. Ainda temos
dois julgamentos e eu espero êxito nos outros dois também”, declarou a
aposentada de 71 anos, que acompanhou os quatro dias do júri ao lado do filho.
Daniel Faria também acha que foi feita Justiça. “Claro que em parte, porque
ainda tem uma pessoa foragida, uma pessoa que será julgada, mas me sinto muito
satisfeito com a decisão e muito feliz porque sei que o meu irmão vai descansar
em paz agora”, observou.
O advogado da família, André Canuto, também comentou o veredicto e chegou a
emocionar-se, recebendo o carinho da mãe do promotor, que enxugou suas lágrimas
e agradeceu por todo o apoio. "Acho que o resultado reflete o que eu já
falava desde o primeiro dia. Que a prova dos autos eram contundentes. Que por
mais que a defesa usasse de estratagemas e de teses mirabolantes para implantar
dúvidas, eu aqui, durante o dia de hoje, várias vezes intervi para dizer que
dúvidas não havia. Perícia, prova técnica... Além disso você tem provas
contundentes do principal acusado, José Maria Rosendo, em vários momentos desse
processo", salientou, acrescentando que não pretende recorrer da decisão
sobre a absolvição de Adeíldo.
Além dos três réus julgados, outras duas pessoas são acusadas de participação
no assassinato. José Maria Domingos Cavalcante, também acusado ser um dos
executores do promotor, teve seu processo desmembrado por falta de advogado e
será julgado no dia 12 de dezembro. O quinto envolvido, Antônio Cavalcante
Filho, está foragido.
O júri
O júri popular começou na última segunda-feira (24), com o depoimento da
noiva de Thiago Faria, a advogada Mysheva Martins, então noiva da vítima. Ela
relatou os últimos acontecimentos antes de o noivo ter sido assassinado em
outubro de 2013 e chegou a se emocionar quando detalhou o crime. Em seu
depoimento, o delegado Alexandre Alves, responsável pelas investigações,
defendeu a noiva de Thiago Faria. Ele disse também como chegou a cada um dos
acusados.
Durante a terça-feira (25), a antiga moradora da Fazenda Nova, Cláudia Tenório
Freire de Melo, que é tia de Mysheva Martins, fez um relato breve de uma ameaça
que José Maria Pedro Rosendo, o Zé Maria de Mané Pedo, teria feito ao promotor
- teria prometido "estourar a cabeça" de Thiago. No mesmo dia, o
inventariante da Fazenda Nova, Carlos Ubirajara, afirmou que a área que se
tornou foco da disputa que culminou na morte de Thiago não tinha renda mensal.
Pelo contrário, que "só dava dor de cabeça".
Mas, no depoimento de Mysheva Martins, no dia anterior, ela contou que a fonte
de água mineral existente no local renderia cerca de R$ 1, 4 mil diariamente,
ou seja, mais de meio milhão por ano.
O perito criminal federal Carlos Eduardo Palhares Machado retratou, também na
terça, a trajetória das balas e dos ferimentos na vitima. Ele declarou que
houve divergências entre as perícias feitas pelas polícias Civil e Federal.
Segundo Palhares, a Civil, por exemplo, afirmou que o primeiro disparo havia
sido fatal, o que ia de encontro ao depoimento de Mysheva, que dizia que Thiago
ainda teve tempo de encostar o carro antes de ser atingido pelos demais tiros.
O perito afirmou que a PF confirmou o depoimento de Mysheva, de que o segundo
tiro é que foi fatal.
Na quarta-feira (26), o destaque foi a ouvida de José Maria Pedro Rosendo
Barbosa, acusado de ser o mandante do crime. Inocentado em dois proces¬sos por
cárcere privado e sequestro nas comarcas de Vitória de Santo Antão e Garanhuns,
o fazendeiro Zé Maria de Mané Pedro, como é conhecido, foi interrogado por
quase cinco horas.
Negou envolvimento na morte de Thiago e, quando pode, lançou suspeitas sobre
Mysheva e o ex-namorado dela, um empresário do ramo de funerárias. Segundo Zé
Maria, Mysheva “vale por dez jararacas (serpentes de até 1,6m)” e que cresceu
“sendo envenenada pelo pai”.
Ainda na quarta, no interrogatório de José Marisvaldo, ele respondeu quase
todas as perguntas por quase duas horas. Só se recusou a responder às do
assistente de acusação de Mysheva. Adeildo Ferreira dos Santos também foi
ouvido na quarta-feira, mas evitou responder a maioria das perguntas, dizendo
repetidas vezes que não se recordava bem dos fatos.
Nessa quinta (27), ao longo do dia, houve os debates entre acusação e defesa.
Cada uma das partes teve três horas para expor os argumentos. No caso da
defesa, o tempo foi dividido entre os advogados dos três réus. O advogado João
Olímpio Mendonça, que representa José Maria Rosendo, afirmou que as acusações
são embasadas somente na conduta dele anterior ao crime e que estavam tentando
formular uma imagem "de cão de tridente, a figura do diabo" a
respeito do réu.
Já José Rawlinson Ferraz, que representa Adeildo Ferreira dos Santos, declarou
que o acusado “é uma moça”, buscando mostrá-lo como uma pessoa frágil, ingênua,
"matuta". Ele disse que Adeildo só foi interrogado por pouco mais de
10 minutos e indiciado em seguida.
Anderson Flexa, que defende José Marisvaldo Vitor da Silva, contestou provas e
depoimento de Mysheva. Ele mostrou imagem de uma câmera de circuito interno em
que um motociclista aparece seguindo o carro do promotor. Para o advogado, o
porte físico da pessoa que aparece na filmagem não combina com o do réu e que a
moto não era a dele.
Na acusação, o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Bruno Costa
Magalhães recitou, para sensibilizar o júri, um poema de Rubem Alves sobre a
perda de um filho. Ele pediu uma condenção maior para Zé Maria Mané Pedo por
haver “arquitetado o crime”.
Como motivação para o assassinato, destacou desavenças com Lourival, pai de
Mysheva, e a confusão por conta da herança. Ele também mencionou divergências
na área demarcada na fazenda e o fato de Thiago ser uma peça fundamental na
imissão de posse das terras. Já o advogado assistente André Luiz Canuto
destacou investigação da Polícia Federal que, de maneira técnica,
"desvendou mentiras nas versões dos depoimentos dos acusados" - eles
falavam que estavam num local quando estavam em outro (a PF fez rastreamento
das antenas do celular).
Na réplica, o procurador da República disse que os réus agiram "como
feras" no dia do crime. Ele ainda usou seu tempo de fala sobre as
alegações da defesa para mostrar fotos do corpo desfigurado do promotor e
reforçar a tese de culpa dos acusados. "Isso é bicho e bicho tem que ser
enjaulado”, comentou. Na tréplica, o defensor João Olimpio Mendonça colocou em
dúvida a versão da noiva do promotor na época, a advogada Mysheva Martins.
"Na parte do passageiro foi encontrado no assoalho uma sandália e uma
bolsa marrons. Houve alteração do local do crime, com realocação desses
objetos", diz, lendo documento da perícia anexado ao inquérito,
acrescentando que isso fez os peritos concluírem que esses objetos não estavam
dentro do carro. O advogado de Mysheva, José Augusto Branco, faz um aparte
dizendo que perito que elaborou laudo em 3D explica a respeito da falta de
sangue nos objetos da então noiva da vítima.
2 comentários: