28.02.15
Cuidados no reaproveitamento
da água da chuva
“Jamais deve-se fazer a captação a
partir de pisos”
Exemplo de sistema permanente de
captura da água da chuva. Sistemas simplificados também demandam tratamento dos
volumes coletados.
Coleta de água da chuva
Apesar
de ser uma técnica relativamente simples, o aproveitamento de água da chuva
possui requisitos mínimos que devem ser respeitados para garantir o
funcionamento do sistema e, principalmente, para assegurar a qualidade dos
volumes coletados.
O
telhado ou a laje de cobertura da edificação funcionam como área de captação.
“Jamais deve-se fazer a captação a partir de pisos”, explica o pesquisador
Luciano Zanella, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT).
Calhas
e tubos direcionam facilmente as águas até um reservatório, mas é preciso
prever um sistema de tratamento, cuja complexidade vai depender dos usos
pretendidos.
Em
alguns casos, pode-se pensar em uma rede de distribuição da água para pontos de
consumo de água não potável, caso das bacias sanitárias. Em edificações já
construídas, entretanto, é indicado optar por sistemas simplificados, uma vez
que o custo de novas instalações hidráulicas prejudicará a viabilidade
financeira do projeto.
Dois
aspectos não podem ser ignorados: o espaço disponível para a instalação do
reservatório e, quando a intenção for instalá-lo sobre a laje de cobertura, a
capacidade da estrutura para suportar o peso adicional. “A carga extra de um
reservatório cheio de água pode não ser suportada por alguns tipos de
construção”, ressalta Zanella.
A
capacidade de reservação deve levar em conta a demanda por água não potável. O
número de usuários e seus hábitos de consumo, além das diversas aplicações que
essa água pode ter na edificação, como limpeza de pisos e rega de jardins,
também precisam ser levados em conta.
Tratamento da água de chuva
É
imprescindível, alertam os pesquisadores do IPT, desprezar as primeiras chuvas.
São elas que vão arrastar os poluentes presentes no ar e lavar a sujeira
acumulada na área de captação. As recomendações técnicas indicam um descarte em
torno de um a dois litros de água da primeira chuva para cada metro quadrado de
telhado. Assim, se a cobertura tem 20 metros quadrados, é necessário
desconsiderar um volume entre 20 e 40 litros.
Um
sistema mínimo de tratamento das águas pluviais envolve não somente o descarte
das primeiras águas, mas a remoção dos sólidos, como folhas, galhos e areia,
por meio da utilização de filtro ou tela. “É recomendada a desinfecção com
compostos de cloro, quando existir a possibilidade de contato da água com a
pele do usuário ou quando o tempo de armazenamento for longo,” esclarece o
pesquisador Wolney Castilho Alves.
Sistemas
permanentes de aproveitamento da água da chuva, instalados com o objetivo de
suplementar o abastecimento para fins não potáveis, demandam sistemas mais
complexos de tratamento. É possível encontrar no mercado filtros e componentes
de desinfecção que devem ser empregados nesses casos. É exigido, para sistemas
de uso integrados à edificação, um projeto elaborado por profissional
devidamente habilitado.
Armazenamento de água
A
qualidade da água está diretamente relacionada com o seu armazenamento. Por
isso, é fundamental manter o reservatório com tampa e com quaisquer aberturas
fechadas para evitar a proliferação de mosquitos ou mesmo a contaminação da
água pela entrada de ratos ou insetos.
Além
disso, o reservatório deve ser protegido de impactos e da luz solar, e também
se deve prever uma saída de fundo no reservatório que propicie sua limpeza,
quando for necessária. Os pesquisadores do IPT alertam ainda para a importância
de manter o reservatório longe do acesso de crianças para evitar acidentes.
O
mais comum é utilizar a água de chuva para a rega de jardins e plantações,
lavagem de carros e pisos e também em descargas de bacias sanitárias. Em
condições anormais de abastecimento, desde que se mantenha a forma adequada de
coleta, tratamento e armazenamento, é possível considerar o uso para lavagem de
roupas, louças e para o banho.
Fonte Jornal de Caruaru
28.02.15
Cuidados no reaproveitamento
da água da chuva
“Jamais deve-se fazer a captação a
partir de pisos”
Exemplo de sistema permanente de
captura da água da chuva. Sistemas simplificados também demandam tratamento dos
volumes coletados.
Coleta de água da chuva
Apesar
de ser uma técnica relativamente simples, o aproveitamento de água da chuva
possui requisitos mínimos que devem ser respeitados para garantir o
funcionamento do sistema e, principalmente, para assegurar a qualidade dos
volumes coletados.
O
telhado ou a laje de cobertura da edificação funcionam como área de captação.
“Jamais deve-se fazer a captação a partir de pisos”, explica o pesquisador
Luciano Zanella, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT).
Calhas
e tubos direcionam facilmente as águas até um reservatório, mas é preciso
prever um sistema de tratamento, cuja complexidade vai depender dos usos
pretendidos.
Em
alguns casos, pode-se pensar em uma rede de distribuição da água para pontos de
consumo de água não potável, caso das bacias sanitárias. Em edificações já
construídas, entretanto, é indicado optar por sistemas simplificados, uma vez
que o custo de novas instalações hidráulicas prejudicará a viabilidade
financeira do projeto.
Dois
aspectos não podem ser ignorados: o espaço disponível para a instalação do
reservatório e, quando a intenção for instalá-lo sobre a laje de cobertura, a
capacidade da estrutura para suportar o peso adicional. “A carga extra de um
reservatório cheio de água pode não ser suportada por alguns tipos de
construção”, ressalta Zanella.
A
capacidade de reservação deve levar em conta a demanda por água não potável. O
número de usuários e seus hábitos de consumo, além das diversas aplicações que
essa água pode ter na edificação, como limpeza de pisos e rega de jardins,
também precisam ser levados em conta.
Tratamento da água de chuva
É
imprescindível, alertam os pesquisadores do IPT, desprezar as primeiras chuvas.
São elas que vão arrastar os poluentes presentes no ar e lavar a sujeira
acumulada na área de captação. As recomendações técnicas indicam um descarte em
torno de um a dois litros de água da primeira chuva para cada metro quadrado de
telhado. Assim, se a cobertura tem 20 metros quadrados, é necessário
desconsiderar um volume entre 20 e 40 litros.
Um
sistema mínimo de tratamento das águas pluviais envolve não somente o descarte
das primeiras águas, mas a remoção dos sólidos, como folhas, galhos e areia,
por meio da utilização de filtro ou tela. “É recomendada a desinfecção com
compostos de cloro, quando existir a possibilidade de contato da água com a
pele do usuário ou quando o tempo de armazenamento for longo,” esclarece o
pesquisador Wolney Castilho Alves.
Sistemas
permanentes de aproveitamento da água da chuva, instalados com o objetivo de
suplementar o abastecimento para fins não potáveis, demandam sistemas mais
complexos de tratamento. É possível encontrar no mercado filtros e componentes
de desinfecção que devem ser empregados nesses casos. É exigido, para sistemas
de uso integrados à edificação, um projeto elaborado por profissional
devidamente habilitado.
Armazenamento de água
A
qualidade da água está diretamente relacionada com o seu armazenamento. Por
isso, é fundamental manter o reservatório com tampa e com quaisquer aberturas
fechadas para evitar a proliferação de mosquitos ou mesmo a contaminação da
água pela entrada de ratos ou insetos.
Além
disso, o reservatório deve ser protegido de impactos e da luz solar, e também
se deve prever uma saída de fundo no reservatório que propicie sua limpeza,
quando for necessária. Os pesquisadores do IPT alertam ainda para a importância
de manter o reservatório longe do acesso de crianças para evitar acidentes.
O
mais comum é utilizar a água de chuva para a rega de jardins e plantações,
lavagem de carros e pisos e também em descargas de bacias sanitárias. Em
condições anormais de abastecimento, desde que se mantenha a forma adequada de
coleta, tratamento e armazenamento, é possível considerar o uso para lavagem de
roupas, louças e para o banho.
Fonte Jornal de Caruaru
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