domingo, 9 de novembro de 2014

QUE JUSTIÇA É ESSA

Postado  domingo, 9 de novembro de 2014  |  Ler Matéria»

Mesmo com mandado de prisão em aberto, desembargador do Rio libera habeas corpos para soltura de traficante no Rio de Janeiro. Quem vai pagar por esse erro?


Recompensa para recaptura do chefe do Alemão, no RJ, sobe para R$ 20 mil
'Orelha' foi solto após habeas corpus, apesar de pedido de prisão preventiva.
Edson da Silva Souza foi preso na operação Uranos, em setembro.




A recompensa para recapturar o traficante Edson Silva de Souza, conhecido como "Orelha", subiu para R$ 20 mil neste sábado (8) após ele ser libertado por um habeas corpus. Acusado de comandar o tráfico de drogas no Conjunto de Favelas do Alemão, ele deixou o presídio Gabriel Ferreira de Castilho pela porta da frente na manhã de quinta (6). O alvará de soltura foi expedido, mesmo havendo um outromandado de prisão contra o acusado. A decisão partiu da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Orelha foi preso em setembro durante a Operação Urano, com mais de duas dezenas de pessoas. De acordo com a decisão do Ministério Público, os réus ofereciam risco à ordem pública e poderiam ameaçar testemunhas ou fugir caso soltos. Os 25 acusados estiveram envolvidos no ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Alemão, no incêndio de veículos próximo à unidade e em diversos confrontos envolvendo os traficantes e policiais militares.
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A operação, realizada em setembro, foi resultado de uma força-tarefa de investigação da 45ª DP (Complexo do Alemão) e da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE) da Secretaria de Estado de Segurança, com apoio do Grupo de Apoio Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual.

A investigação, segundo a Polícia Civil, começou em janeiro, com o objetivo de identificar os responsáveis por tentar desestabilizar o processo de pacificação nas comunidades da região. O trabalho, de acordo com a corporação, comprovou que, após a prisão de traficantes (em virtude de outras operações realizadas pela 45ª DP), a facção criminosa que atua no conjunto de favelas determinou reações violentas em retaliação às ações da polícia. Uma delas ocorreu em 28 de abril, quando ônibus e carros estacionados próximo ao Comando de Polícia Pacificadora (CPP), na Estrada do Itararé, foram incendiados.

'Estratégia de sobrevivência'
Segundo as investigações, os traficantes resistentes à pacificação adotaram nova estratégia de sobrevivência como, por exemplo, a cooptação de  menores de idade e pessoas sem anotações criminais para atuar na linha de frente, seja vendendo drogas ou como "braço armado".
Também foi possível constatar que os criminosos acompanhavam o deslocamento dos policiais pela comunidade a partir da troca de mensagens via celular. Muitas vezes, eles ficavam em frente à sede da UPP monitorando os passos dos policiais militares, dificultando a prisão em flagrante de criminosos.


Fonte G1 Rio

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