postulação de Armando ao Governo do Estado poderia ser determinante para o PTB deixar sua atual postura independente e garantir apoio à Dilma. Em 2010, apesar de a maioria dos seus parlamentares terem declarado alinhamento à postulação da petista, o partido marchou oficialmente com a candidatura de José Serra (PSDB).
As articulações para a construção desse quadro teriam se intensificado no início deste ano, com a suposta benção do senador Humberto Costa (PT). O parlamentar, que disputou, sem sucesso, as eleições do Recife no ano passado, teria contribuído na intermediação entre Armando Monteiro Neto e o PT nacional. Os petistas entenderiam que o partido precisaria marcar posição no pleito estadual, com a presença de uma de suas maiores lideranças na chapa majoritária encabeçada pelo PTB.
E a já conhecida proximidade entre Armando Neto e João Paulo teria facilitado a construção dessa composição. No período em que chegou a discutir a possibilidade de deixar o PT, há quase dois anos, o ex-prefeito do Recife foi cortejado pelo senador para ingressar no PTB. Na época, especulou-se que João Paulo poderia ser, inclusive, o candidato do partido na sucessão do Recife. Contudo, o deputado federal permaneceu no PT e acabou ocupando a vaga de vice na chapa de Humberto Costa, em um dos episódios mais traumáticos – com a invalidação de suas prévias – para a legenda na capital pernambucana.
No entanto, ainda haveria uma lacuna que precisaria ser preenchida para a concretização da chapa ventilada. A participação de Douglas Cintra poderia implicar, caso Armando Monteiro Neto seja eleito governador de Pernambuco, na entrega da cadeira de senador para o seu terceiro suplente, José Rodrigues, historicamente ligado ao falecido ex-governador Miguel Arraes. Cenário que poderia segurar Cintra na Casa Alta, transformando-o num dos principais articuladores da estrutura de campanha do provável candidato petebista. Seria um das arestas que ainda poderiam se aparadas para o fechamento do projeto.
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