21.12.15
JUCAZINHO OPERA NO VOLUME MORTO DESDE AGOSTO DE 2015
Barragem de Jucazinho em imagem de outubro de
2015
2015
Jucazinho em setembro de 25
Construções submersas aparecem
Doze
municípios têm água dois dias no mês no Agreste de Pernambuco
Água é captada da barragem de Jucazinho, que está no volume morto.
Aproximadamente 300 mil pessoas ficam sem água por 28 dias, diz Compesa.
Desde o mês de agosto, doze municípios de Pernambuco têm água apenas
dois dias no mês e ficam 28 sem abastecimento. A água é captada da barragem de
Jucazinho, em Surubim, no
Agreste, que está no volume morto - com 2% da capacidade, o que equivale a 6,4
milhões de metros cúbidos. A capacidade total da barragem é de 327 milhões de
metros cúbicos. A Companhia Pernambucana de Saneamento informou que a água deve
durar até março de 2016. Aproximadamente 300 mil pessoas são atingidas pelo
rodízio.
Os municípios que são abastecidos dois dias no mês são: Surubim,
Salgadinho, Santa Maria
do Cambucá, Frei
Miguelinho, Vertentes, Vertente
do Lério, Toritama, Cumaru, Passira, Riacho
das Almas, Santa
Cruz do Capibaribe e Casinhas.
O gerente regional do Alto Capibaribe da Compesa, Mário Heitor Filho,
disse ao G1 que o rodízio é realizado
porque "a retirada [de água] está reduzida e temos que prolongar ao máximo
a vida útil da barragem". A mudança se deu por conta da pior seca dos
últimos 50 anos em Pernambuco, o que provocou a estiagem em Jucazinho, segundo
a Compesa. De acordo com a companhia, a vazão da barragem caiu de 1,8 mil
litros por segundo para 200 litros por segundo.
Mário Heitor explicou que os municípios passaram mais de quinze dias
sendo abastecidos por carros-pipa enquanto a obra do volume morto não era
concluída. "O abastecimento hoje é feito pelas torneiras e quando não
conseguimos abastecer fazemos o complemento por carros-pipa. Algumas áreas
recebem água nas cisternas", explicou o gerente.
Construções e árvores que estavam submersas voltaram a aparecer na Barragem de
Jucazinho, em Pernambuco. Por estar no volume morto, a barragem deixou de
abastecer os quase 500 mil habitantes - conforme estimado pelo IBGE - de Caruaru, Gravatá e Bezerros,
segundo o coordenador de produção do Sistema de Jucazinho, Clodoaldo Veloso.
Outros 12 municípios continuam recebendo água do manancial, em forma de
rodízio.
Quem morava na comunidade inundada fica triste em ver a atual situação
do reservatório. "Nós nunca pensamos em ver as casas descobertas. Mas aí a
seca foi grande, cinco anos sem chover muito aqui, né? É uma tristeza para todo
mundo, pois está todo mundo sofrendo sem água", lamenta o encanador Carlos
Roberto Rocha de Lima, de 45 anos.
Fonte G1 Caruaru
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