Vereadores denunciam
Dimas e Klinger por criação de “Empresa Laranja” que teria negócios com a
Prefeitura de Santa Cruz
Fotos: Ney Lima e Thonny Hiil
O Blog do Ney Lima acompanhou na
manhã de ontem (20/09), uma coletiva de imprensa,
convocada pelos vereadores da bancada de situação, para a divulgação de uma denúncia
contra o vereador e também candidato a vice-prefeito Dimas Dantas (PP), juntamente com
seu irmão Klinger Dantas, por formação de empresa laranja e prática de estelionato, além de
outros crimes cometidos, segundo os vereadores, como falsificação de documentos e de
assinaturas.
convocada pelos vereadores da bancada de situação, para a divulgação de uma denúncia
contra o vereador e também candidato a vice-prefeito Dimas Dantas (PP), juntamente com
seu irmão Klinger Dantas, por formação de empresa laranja e prática de estelionato, além de
outros crimes cometidos, segundo os vereadores, como falsificação de documentos e de
assinaturas.
A empresa laranja seria a Construnir Construções LTDA (inicialmente G.
Mergulhão
Construção LTDA), que prestaria serviços para a prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe,
como terraplanagem, saneamento básico, locação de máquinas, equipamentos para
construção, entre outros.
Construção LTDA), que prestaria serviços para a prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe,
como terraplanagem, saneamento básico, locação de máquinas, equipamentos para
construção, entre outros.
Na época, o irmão do vereador Dimas,
Klinger Dantas, era procurador do município
no Governo Toinho do Pará, e não poderia ter negócios com a prefeitura.
no Governo Toinho do Pará, e não poderia ter negócios com a prefeitura.
A empresa, fundada em 2009, de
propriedade inicial de José Gleydson Augustinho da Silva e
de Clécia Maria da Silva, seria na verdade de propriedade dos irmãos Dantas, o que
qualificaria a empresa como “laranja”.
de Clécia Maria da Silva, seria na verdade de propriedade dos irmãos Dantas, o que
qualificaria a empresa como “laranja”.
Para firmar a denúncia, o vereador Ernesto Maia (PTB), representando a
bancada de
situação, fez a leitura do texto e a apresentação de uma série de cópias de vários
documentos pertencentes a essa empresa, que comprovariam o desligamento de um dos
sócios, José Gleydson Augustinho da Silva, por uso de assinatura falsificada.
situação, fez a leitura do texto e a apresentação de uma série de cópias de vários
documentos pertencentes a essa empresa, que comprovariam o desligamento de um dos
sócios, José Gleydson Augustinho da Silva, por uso de assinatura falsificada.
Suposto envolvimento
de Dimas com empresa laranja
Dimas Dantas é alvo de denúncia dos vereadores de situação
Na leitura dos documentos, Ernesto citou como Dimas estaria supostamente envolvido com a
empresa citada. Para ele, Jadeilson Antônio da Silva, que na época era assessor de gabinete
de Dimas, entrou na empresa no mês de fevereiro do ano de 2011, não possuía experiência
no ramo de construções e nunca foi empresário. “Com a entrada do sócio Jadeilson Antônio
da Silva, começa a tornar-se evidente a participação do senhor Dimas Pereira Dantas em
toda a trama, pois o novo sócio era assessor em seu gabinete parlamentar”, destacou
]
Ernesto.
empresa citada. Para ele, Jadeilson Antônio da Silva, que na época era assessor de gabinete
de Dimas, entrou na empresa no mês de fevereiro do ano de 2011, não possuía experiência
no ramo de construções e nunca foi empresário. “Com a entrada do sócio Jadeilson Antônio
da Silva, começa a tornar-se evidente a participação do senhor Dimas Pereira Dantas em
toda a trama, pois o novo sócio era assessor em seu gabinete parlamentar”, destacou
]
Ernesto.
Para o vereador, Jadeilson teria saído da empresa três meses depois, entrando outra sócia,
Fabiana Lima Ribeiro, 19 anos, e sem experiência no ramo de construção. Com isso, há uma
nova mudança de nome na empresa, que passa a se chamar “Construnir Construções LTDA”.
Fabiana Lima Ribeiro, 19 anos, e sem experiência no ramo de construção. Com isso, há uma
nova mudança de nome na empresa, que passa a se chamar “Construnir Construções LTDA”.
Para Ernesto, tal prática de mudar constantemente a Razão Social de uma empresa seria
uma estratégia para tornar a fiscalização mais difícil, estratégia comumente usada em
empresas que fraudam processos de licitação. “Constantes alterações no nome empresarial
são fenômenos raros de se observar em empresas normais, pois isso vai de encontro ao
próprio intuito do nome empresarial que é ficar conhecido. Por outro lado, essa estratégia é
inerente aos fraudadores de processos licitatórios por direcionamento, pois torna mais difícil
a fiscalização”, destacou.
uma estratégia para tornar a fiscalização mais difícil, estratégia comumente usada em
empresas que fraudam processos de licitação. “Constantes alterações no nome empresarial
são fenômenos raros de se observar em empresas normais, pois isso vai de encontro ao
próprio intuito do nome empresarial que é ficar conhecido. Por outro lado, essa estratégia é
inerente aos fraudadores de processos licitatórios por direcionamento, pois torna mais difícil
a fiscalização”, destacou.
Recibo para compra de retroescavadeira
assinado por Klinger Dantas
Outros documentos apresentados
mostram o recibo de compra de uma retroescavadeira, no
valor de 75 mil reais, mediante pagamento à vista, feito por Klinger Dantas para a empresa
citada, além de um extrato onde consta um depósito no valor de R$ 37.500,00 que, segundo o
vendedor Sávio Barros de Albuquerque, teria sido por meio de um cheque do próprio Dimas
Dantas.
valor de 75 mil reais, mediante pagamento à vista, feito por Klinger Dantas para a empresa
citada, além de um extrato onde consta um depósito no valor de R$ 37.500,00 que, segundo o
vendedor Sávio Barros de Albuquerque, teria sido por meio de um cheque do próprio Dimas
Dantas.
Recibo comprovaria compra de Maquina feita por
Klinger para empresa que tinha contratos
com a prefeitura
com a prefeitura
“Segundo testemunho do senhor José
Gleydson Augustinho da Silva, que foi sócio fundador
da empresa G. Mergulhão Construção Ltda ME, o veículo foi comprado e pago pelos irmãos
Dantas.
da empresa G. Mergulhão Construção Ltda ME, o veículo foi comprado e pago pelos irmãos
Dantas.
Ainda de acordo com a denúncia dos
vereadores, a participação de Klinger Dantas no
negócio se deu da seguinte forma: o advogado teria pago uma quantia de 3 mil reais em
dinheiro, 27 mil reais em cheque e 7,5 mil reais em um cheque da empresa G. Mergulhão
Construção Ltda, mas que esse cheque não teria sido compensado, devido contraordem.
Esse cheque estaria assinado em seu verso, por Klinger, inclusive descrevendo a finalidade
do cheque, que foi protestado em cartório, em 15 de junho de 2011.
negócio se deu da seguinte forma: o advogado teria pago uma quantia de 3 mil reais em
dinheiro, 27 mil reais em cheque e 7,5 mil reais em um cheque da empresa G. Mergulhão
Construção Ltda, mas que esse cheque não teria sido compensado, devido contraordem.
Esse cheque estaria assinado em seu verso, por Klinger, inclusive descrevendo a finalidade
do cheque, que foi protestado em cartório, em 15 de junho de 2011.
O vendedor da maquina teria afirmado
que Dimas Dantas teria pedido para que seu nome
não aparecesse no recibo da compra, sendo somente constado o nome de seu irmão. “Ainda
segundo o que disse Sávio Barros de Albuquerque ao senhor José Gleydson Augustinho da
Silva, o nome de Dimas Pereira Dantas não consta no recibo por expressa e enfática
solicitação do mesmo, ou seja, Dimas pediu ao devedor que não colocasse que ele é
também comprador da máquina”, destacou Ernesto.
não aparecesse no recibo da compra, sendo somente constado o nome de seu irmão. “Ainda
segundo o que disse Sávio Barros de Albuquerque ao senhor José Gleydson Augustinho da
Silva, o nome de Dimas Pereira Dantas não consta no recibo por expressa e enfática
solicitação do mesmo, ou seja, Dimas pediu ao devedor que não colocasse que ele é
também comprador da máquina”, destacou Ernesto.
Perguntado sobre a não divulgação do
nome de Dimas no extrato bancário e se Sávio Barros
de Albuquerque teria cópias desse cheque, em que é mostrado o depósito de um cheque de
R$ 37.500, 00 que seria para a compra da retroescavadeira, Ernesto afirmou que irá pedir
para que seja feito, pelo Ministério Público, a quebra do sigilo bancário, para provar a
existência do cheque, mas que não tem disponível a cópia.
de Albuquerque teria cópias desse cheque, em que é mostrado o depósito de um cheque de
R$ 37.500, 00 que seria para a compra da retroescavadeira, Ernesto afirmou que irá pedir
para que seja feito, pelo Ministério Público, a quebra do sigilo bancário, para provar a
existência do cheque, mas que não tem disponível a cópia.
Pagamento teria sido feito com cheque do próprio
Dimas Dantas para compra de máquina
O vereador ainda desafiou Dimas a
provar sua inocência perante o fato. “Mas é muito
simples: é só Dimas apresentar o seu extrato bancário dessa época que se vai ver se na sua
conta houve ou não o depósito. É só o senhor Dimas mostrar que não deve nada desse
cheque”.
simples: é só Dimas apresentar o seu extrato bancário dessa época que se vai ver se na sua
conta houve ou não o depósito. É só o senhor Dimas mostrar que não deve nada desse
cheque”.
Ernesto também afirmou que Klinger
Dantas, em outras sessões da Câmara, teria afirmado
não ter nada a ver com a empresa, o que não seria verdade já que o recibo da compra da
máquina tem seu nome.
não ter nada a ver com a empresa, o que não seria verdade já que o recibo da compra da
máquina tem seu nome.
Ex-assessor confirma que foi usado
como laranja
Ex-assessor de gabinete de Dimas admite que teve
nome usado na empresa
Um pouco depois do final da leitura
do documento de denúncia, feito por Ernesto Maia,
chegou à coletiva Jadeilson Antônio da Silva, uma das pessoas envolvidas no processo como
um dos sócios proprietários da empresa G. Mergulhão Construção Ltda.
chegou à coletiva Jadeilson Antônio da Silva, uma das pessoas envolvidas no processo como
um dos sócios proprietários da empresa G. Mergulhão Construção Ltda.
não sabia do conteúdo dos documentos que ele assinou, pois confiava na amizade sua com
Dimas. “De maneira nenhuma eu sabia que era uma empresa que ia prestar serviços à
prefeitura. Como eu trabalhei muito tempo com ele. Eu era assessor de Dimas e amigo
pessoal de Klinger, me pedia para assinar um documento ou outro e eu não procurava saber,
de fato, do que se tratava. Apenas confiava na palavra dele, pedia para assinar, eu assinava e
não questionava”, destacou.
Jadeilson afirmou também que nunca
esteve na empresa, que não sabe onde é a sede da
mesma e soube que era sócio apenas quando houve a primeira denúncia na Câmara de
Vereadores.
mesma e soube que era sócio apenas quando houve a primeira denúncia na Câmara de
Vereadores.
Sobre o afastamento, Jadeilson
afirmou que assinou alguns documentos e que crê que
tenham sido para que ele fosse afastado como um dos sócios proprietários da empresa.
tenham sido para que ele fosse afastado como um dos sócios proprietários da empresa.
Jadeilson afirmou também que nunca
teria recebido nenhuma soma financeira e que estaria
disponível para prestar esclarecimentos sobdo caso à justiça.
disponível para prestar esclarecimentos sobdo caso à justiça.
Ressurgimento da denúncia às vésperas
da eleição
A denúncia envolvendo a empresa GM
Construção, foi feita pelo vereador Ernesto Maia em
agosto de 2011.
agosto de 2011.
Na época, ouve um embate entre Dimas
e Ernesto Maia com acusações mútuas.
O irmão do vereador Dimas Dantas foi
convocado e compareceu à Câmara para dar
explicações.
explicações.
Posteriormente, o caso foi abafado e
nenhum vereador falava sobre o assunto.
Na entrevista coletiva desta
quinta-feira (20), o editor deste Blog, Ney Lima, questionou o
vereador Ernesto Maia sobre o porquê de não ter sido feita uma investigação mais
aprofundada naquela época e as revelações estarem sendo feitas somente agora, às
vésperas da eleição. Ernesto respondeu que não divulgou antes porque faltava a
comprovação de que o vereador Dimas Dantas estaria, de fato, envolvido com essa empresa.
vereador Ernesto Maia sobre o porquê de não ter sido feita uma investigação mais
aprofundada naquela época e as revelações estarem sendo feitas somente agora, às
vésperas da eleição. Ernesto respondeu que não divulgou antes porque faltava a
comprovação de que o vereador Dimas Dantas estaria, de fato, envolvido com essa empresa.
Vereadores apresentam
denúncia ao Ministério Público
Após a divulgação das denúncias a
imprensa, os vereadores situacionistas seguiram para o Ministério Público
local, onde protocolaram todos os documentos e pediram uma investigação para o
caso.
É realmente uma vergonha essa politicagem em Santa Cruz. Antes quando Dimas fazia parte da situaçao e SERVIA a prefeitura com sua suposta empresa laranja, todos se beneficiavam. Agora o que mais me admira e que quem esta o denunciando e quem faz parte da atual gestao. Isso é uma vergonha. Sao todos um bando de ladrao. Só se vê uma politica nojenta assim em Santa Cruz. Tenho até vergonha de ser filho desta terra tao bonita e que merecia ser mais respeitada por esses politicos a maioria CORRUPTOS, QUE SÓ PENSAM EM SE BENEFICIAR.
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