23.07.14
Morre no Real Hospital Português no Recife o escritor dramaturgo ARIANO SUASSUNA
Ariano Suassuna - 87 anos
*16.06.27
+23.07.14
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O escritor e dramaturgo paraibano
Ariano Suassuna morreu nesta quarta-feira em Recife aos 87 anos, vítima de
complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral hemorrágico, informou
a assessoria de comunicação do Real Hospital Português. Suassuna passou mal em
casa, na noite de segunda-feira (21), e foi levado ao hospital por volta das
20h, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico.
"O paciente teve uma parada
cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana", afirmou a assessoria
do hospital em comunicado à imprensa, acrescentando que a família ainda não
informou os detalhes do funeral. No ano passado, o escritor sofreu um
infarto, e dois dias depois de receber alta, deu entrada novamente no hospital
por causa de um aneurisma cerebral.
Suassuna foi eleito para a Academia
Brasileira de Letras em 1989 e ocupava a cadeira número 32. Outros dois membros
da ABL morreram neste mês: Ivan Junqueira e João Ubaldo Ribeiro.
Com a vida intimamente ligada às
artes cênicas e dotado de um carisma singular junto ao público, Suassuna
manteve-se ativo até o último momento, apresentando-se recentemente em uma
série de concorridas e bem-humoradas aulas-espetáculo, nas quais discorria
sobre a própria biografia, entre outros temas.
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Na última sexta-feira (18), Ariano
Suassuna participou de uma aula-espetáculo, no Festival de Inverno de
Garanhuns, no agreste pernambucano. O escritor, dramaturgo e poeta Ariano
Suassuna, 87 anos, nasceu na Paraíba, mas mora no Recife. É autor de peças
teatrais, como O Auto da Compadecida, e de romances, como A Pedra do Reino.
Ariano Vilar Suassuna nasceu em João
Pessoa, na Paraíba, no dia 16 de junho de 1927 quando a cidade ainda se
chamava Nossa Senhora das Neves e o Estado era governado por seu pai, João
Suassuna.
Cresceu no sertão paraibano e, em
1942, mudou-se com a família para o Recife, onde concluiu os estudos
secundários. Em 1946, iniciou a Faculdade de Direito e conheceu Hermilio Borba
Filho, seu parceiro na criação do Teatro do Estudante de Pernambuco e do Teatro
Popular do Nordeste.
Suas
primeiras peças foram Uma
Mulher Vestida de Sol, Cantam as Harpas de Sião, Os Homens de Barro, Torturas
de um Coração, O Castigo da Soberba e O Rico Avarento. Após conciliar a carreira de escritor com a
advocacia, resolveu abandonar esta última para se tornar professor na
Universidade Federal de Pernambuco.
Foi também professor de Estética na
Universidade Federal de Pernambuco e um destacado agitador cultural, liderando
a agremiação de artistas e músicos que deu origem em 1970 em Recife ao
Movimento Armorial, uma forma de expressão erudita nordestina, sobretudo
musical, resultante do estudo das expressões populares tradicionais.
Suassuna
também obteve notoriedade por sua obra como romancista, incluindo livros como o
épico Romance
d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, inspirado em manifestações populares de cunho
sebastianista do município de São José do Belmonte, no interior de Pernambuco,
onde o escritor viria a erguer um santuário dedicado a figuras sagradas e
profanas.
Na política, ele foi membro fundador
do Conselho Nacional de Cultura e secretário de Cultura de Pernambuco no
governo de Miguel Arraes, entre 1994 e 1998. Suassuna voltaria a integrar o
governo de Pernambuco como titular da Secretaria de Assessoria ao Governador na
gestão do neto de Arraes, Eduardo Campos, cuja mulher é sobrinha do escritor.
Ocupava cadeiras na Academia
Pernambucana de Letras, na Academia Brasileira de Letras e na Academia
Paraibana de Letras.
Lista de obras de Ariano Suassuna
Teatro
Uma mulher vestida de Sol (1947)
Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa (1948)
Os homens de barro (1949)
Auto de João da Cruz (1950)
Torturas de um coração (1951)
O arco desolado (1952)
O castigo da soberba (1953)
O rico avarento (1954)
Auto da compadecida (1955)
Uma mulher vestida de Sol (1947)
Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa (1948)
Os homens de barro (1949)
Auto de João da Cruz (1950)
Torturas de um coração (1951)
O arco desolado (1952)
O castigo da soberba (1953)
O rico avarento (1954)
Auto da compadecida (1955)
Fonte Terra
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