20.06.15
PM admite tiro em jovem de Escada e afasta policial da rua durante
inquérito
Veículo dirigido pelo adolescente está na Delegacia de Escada para ser periciado. Marca do tiro pode ser vista no vidro da janela traseira
O pai do adolescente contou que o filho estava passeando
com amigos quando viu a blitz e fez um retorno para tentar
fugir
com amigos quando viu a blitz e fez um retorno para tentar
fugir
Vítima foi atingida na cabeça por disparo de fuzil
+Marcelo Laureano Gomes Filho (16 anos)
Jovem de 16 anos foi baleado ao fugir de abordagem
policial na cidade.
Família diz que ele fugia de blitz e polícia diz
ter suposto assalto a banco.
A Polícia Militar vai abrir um inquérito para
investigar a morte do adolescente Marcelo Laureano Gomes Filho, de 16 anos. O
jovem foi baleado por um policial militar e morreu na noite de terça-feira (16)
após fugir de uma abordagem policial na cidade de Escada,
na Zona da Mata Sul dePernambuco.
Em nota enviada à imprensa, a corporação reconhece que o disparo foi efetuado
pelo comandante da guarnição tática que empreendeu a operação. O policial em
questão foi afastado das suas atividades.
De acordo com a Polícia Militar, o policial ficará
sem trabalhar até que a investigação seja concluída e a motivação do incidente,
esclarecida. A medida, segundo a corporação, visa “preservar todos os
envolvidos na ocorrência policial, garantindo às partes a ampla defesa e o
contraditório”. Ainda de acordo com a PM, o responsável pelo disparo presta
depoimento nesta quarta-feira (17) na Delegacia de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP). Ele integra a Companhia Independente de Sobrevivência em Área de
Caatinga (Ciosac) e teria atirado contra o carro do adolescente após o jovem
desrespeitar a ordem policial de parar o veículo.
saiba mais
Na nota enviada à imprensa, a Polícia Militar (PM)
confirma a versão repassada ao G1, no início da
manhã desta quarta, pela 3ª Companhia da PM. O relato afirma que o disparo foi
efetuado depois que a equipe da Ciosac se aproximou de dois carros que estavam
parados na frente de um banco do centro da cidade na noite de terça-feira. O
adolescente estava na direção de um desses veículos, uma caminhonete S10, e
tentou fugir do local no momento da abordagem policial. “Segundo versão
apresentada pelos policiais militares, após a aproximação dos PM's, o menor,
que dirigia a S-10, teria tentado sair do local desobedecendo a ordem de parada
do comandante da guarnição tática, que, em seguida, efetuou o disparo que
vitimou o adolescente”, afirma a nota da PM.
Antes de a PM se pronunciar sobre o caso, o
coordenador da Força-Tarefa do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP) da Polícia Civil, Neemias Falcão, afirmou que não podia determinar quem
havia efetuado o disparo. A Força-Tarefa esteve no local da ocorrência para os
exames periciais e disse que vai repassar as informações colhidas em Escada
para a delegacia da cidade, que vai conduzir as investigações do caso. Ao G1, a delegacia já confirmou a versão repassada pela
Polícia Militar.
Outra
versão
No entanto, a família do adolescente contesta a
história e afirma que o jovem não estava parado na frente do banco. Segundo o
pai de Marcelo, ele estava passeando pela cidade com amigos quando se deparou
com uma blitz policial e tentou fugir. Ele estava acompanhado do irmão de 19
anos e de mais dois amigos no carro que pertence ao pai. “Meu outro filho
contou que a polícia fez um bloqueio na pista. Quando Marcelo viu que ia ser
abordado, tentou fazer um retorno para fugir. A polícia deu ordem para ele
parar, mas ele não parou, com medo, e o policial efetuou o disparo. Os amigos
ainda colocaram a mão para fora do carro dizendo que ele ia parar, mas não
adiantou”, conta Marcelo Laureano Gomes, 52.
Na nota divulgada nesta quarta, a Polícia Militar
disse que “se solidariza com os familiares, parentes e amigos do adolescente”.
A corporação ainda “reafirma o compromisso com a dignidade humana e, sobretudo,
a preservação da vida em todas os protocolos operacionais adotados no âmbito da
PMPE”. Confira o documento na íntegra:
"A
Polícia Militar de Pernambuco em nota se solidariza com os familiares, parentes
e amigos do adolescente MARCELO LAUREANO GOMES FILHO, 16, morto durante
abordagem policial na noite de ontem (16) no município de Escada, Mata Sul de
Pernambuco.
Durante a
ocorrência policial, PM's da Companhia Independente de Sobrevivência em Área de
Caatinga (CIOSAC), teriam se aproximado de dois veículos, um corolla de cor
branca com duas pessoas e sem placas e uma S-10 de cor preta com quatro
ocupantes, ambos estacionados no corredor bancário do município.
Segundo
versão apresentada pelos policiais militares, após a aproximação dos PM's o
menor, que dirigia a S-10, teria tentado sair do local desobedecendo a ordem de
parada do comandante da guarnição tática, que, em seguida, efetuou o disparo
que vitimou o adolescente.
Diante da
gravidade da ocorrência, o Comando da Corporação já determinou a abertura de
Inquérito Policial Militar para apurar as causas do incidente, além de ter
orientado o comando da CIOSAC de manter o policial militar responsável pelo
disparo, que já foi identificado e prestam depoimento na Delegacia de Homicídio
e Proteção à Pessoa (DHPP), afastado das atividades operacionais até que os
procedimentos apuratórios estejam conclusos e as causas esclarecidas. Tais
medidas visam preservar todos os envolvidos na ocorrência policial, garantindo
as partes a ampla defesa e o contraditório.
A
Corporação esclarece, ainda, que reafirma o compromisso com a dignidade humana
e, sobretudo, a preservação da vida em todas os protocolos operacionais
adotados no âmbito da PMPE."
"ampla defesa e contraditório" que conversa fiada, o adolescente não teve direito nenhum, policia assassina e sem preparo puxam o gatilho a qualquer momento pois sabem que não vão ser ounidos
ResponderExcluirEsse policial que atirou,eu acho que nao tem familia nao...por isso mata mesmo.
ResponderExcluirEles são safado
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