Pronunciamento
Dilma Rousseff
Ponto
a ponto: confira os principais trechos do discurso de Dilma
PROTESTOS
Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer,
melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por
causa de limitações políticas e econômicas. Mas, se deixarmos que a violência
nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande
oportunidade histórica, como também correndo o risco de colocar muita coisa a
perder.
VANDALISMO
O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e
autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie
carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros
urbanos. Essa violência, promovida por uma pequena minoria, não pode manchar um
movimento pacífico e democrático. Não podemos conviver com essa violência que
envergonha o Brasil. Todas as instituições e os órgãos da Segurança Pública têm
o dever de coibir, dentro dos limites da lei, toda forma de violência e
vandalismo.
RECADO
DAS RUAS
A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada, e ela não pode ser confundida
com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros.
PACTO
NACIONAL
Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para
somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais
cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços
públicos. O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade
Urbana, que privilegie o transporte coletivo. Segundo, a destinação de 100% dos
recursos do petróleo para a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de
médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o
SUS.
NEGOCIAÇÃO
Vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das
organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de
trabalhadores, das associações populares. Precisamos de suas contribuições,
reflexões e experiências, de sua energia e criatividade, de sua aposta no
futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente.
REFORMA
POLÍTICA
Precisamos oxigenar o nosso sistema político. Encontrar mecanismos que tornem
nossas instituições mais transparentes, mais resistentes aos malfeitos e, acima
de tudo, mais permeáveis à influência da sociedade. É a cidadania, e não o
poder econômico, quem deve ser ouvido em primeiro lugar. Quero contribuir para
a construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a
participação popular. É um equívoco achar que qualquer país possa prescindir de
partidos e, sobretudo, do voto popular, base de qualquer processo democrático.
CORRUPÇÃO
Precisamos muito, mas muito mesmo, de formas mais eficazes de combate à
corrupção. A Lei de Acesso à Informação, sancionada no meu governo, deve ser
ampliada para todos os poderes da República e instâncias federativas. Ela é um
poderoso instrumento do cidadão para fiscalizar o uso correto do dinheiro
público.
GASTOS
DA COPA
Quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas é fruto
de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e os governos que
estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem
do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a saúde e
a educação.
HOSPITALIDADE
O Brasil, único país que participou de todas as Copas, cinco vezes campeão
mundial, sempre foi muito bem recebido em toda parte. Precisamos dar aos nossos
povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e
alegria, é assim que devemos tratar os nossos hóspedes. O futebol e o esporte
são símbolos de paz e convivência pacífica entre os povos. O Brasil merece e
vai fazer uma grande Copa.
Fonte Diário PE
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