22.09.15
TRAMA MACABRA REPRISE
21 de abril de 2015
Chacina gerou grande comoção popular em Poção
Vítimas
Os promotores de Justiça Ana Clézia Nunes e Edeilson Lins de Souza
Júnior receberam das mãos do delegado da Polícia Civil Erik Lessa o inquérito
da Operação Tutela, sobre a chacina ocorrida na zona rural do município de
Poção (Agreste Central), em 6 fevereiro deste ano, quando três conselheiros
tutelares (Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos; José Daniel Farias Monteiro, 31;
e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, 54) e uma dona de casa (Ana Rita Venâncio,
62) foram assassinados a tiros durante emboscada no Sítio Cafundó.
Os autos do procedimento, que conta com nove volumes e quase 2 mil páginas,
foram entregues durante entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (20),
na sede da Polícia Civil. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) tem cinco
dias para analisar o material probatório e apresentar a denúncia ao Poder
Judiciário. O MPPE acompanhou de perto todo o trabalho de investigação
policial, desde a ocorrência dos quatro homicídios consumados e um tentado,
numa atuação conjunta dos Promotores de Justiça Ana Clézia Nunes, Edeilson Lins
de Souza Júnior, Oscar Ricardo de Andrade Nóbrega e Jeanne Bezerra Silva
Oliveira.
Desde o início da apuração os representantes do Ministério Público realizaram
reuniões com o delegado de Polícia condutor do inquérito que objetivaram
conhecer o resultado das diligências em andamento e participar da definição de
outras diligências relevantes, e atuaram na emissão de manifestações sobre as
medidas cautelares que foram requeridas ao Poder Judiciário.
Durante a entrevista coletiva, foram apresentados os detalhes do crime que
chocou o País, e que teve como mandante e principal articuladora a oficial de
Justiça Bernadete de Lourdes de Britto Siqueira Rocha, que é avó paterna da
criança, cuja guarda e regime de visitas foi alvo de disputa familiar. De
acordo com o inquérito policial, Bernadete contou com a intermediação e
articulação do advogado José Vicente Pereira Cardoso da Silva.
José Vicente sabia das desavenças, chegando inclusive a acompanhar Bernadete em
audiências sobre a guarda da criança. O advogado, por ter sido diretor da
Penitenciária Advogado Brito Alves, em Arcoverde, possuía fácil trânsito na
unidade prisional. Em duas ocasiões, nos meses que antecederam os crimes, ele
levou Bernadete ao presídio, onde a mesma manteve contato com o presidiário
Leandro José da Silva, mais conhecido como Léo, ou Léo de Coca, que cumpre pena
por prática de homicídio.
De acordo com o inquérito policial, foi Léo quem fez a ligação entre Bernadete
e os executores da chacina - Égon Augusto Nunes, Wellington Silvestre dos
Santos, Orivaldo Godê (pai de Égon) e Ednaldo Afonso da Silva. José Vicente,
acompanhou todo o planejamento da trama criminosa, inclusive participou de
encontro entre Bernadete e Egon, em Arcoverde, para as tratativas mercenárias
para a morte de familiares maternos da criança.
Dos acusados pelo crime, o único que se encontra foragido é Wellington
Silvestre dos Santos. Ainda de acordo com as investigações, a mandante da
chacina teria acertado o valor de R$ 45 mil pela morte da avó materna da
criança, a Ana Rita Venâncio; do avô materno, João Batista; e de uma tia da
criança, Juciclênia, pessoas que costumeiramente buscavam a criança em
Arcoverde para as visitas quinzenais.
Bernadete antecipou em uma semana a visita da família materna e mudou o horário
escolar da criança para a tarde, determinado que a criança somente deveria ser
entregue a avó materna depois das 17h10 (e não às 11h, como acordado em juízo).
Na ocasião, devido aos problemas de relacionamento já existentes entre as duas
famílias e à impossibilidade de ser acompanhada pelo esposo e pela filha, Ana
Rita Venâncio solicitou a ajuda aos conselheiros tutelares de Poção.
“O sistema de filmagens da escola da criança mostrou que a Bernadete passou
duas vezes em seu carro em frente à escola, bem devagar e viu que a avó materna
estava com os três conselheiros tutelares, mesmo assim, determinou aos
executores que matassem todos, mesmo a criança, circunstância que demonstra o
pleno domínio sobre o resultado (morte dos conselheiros e da avó da criança). A
forma de execução dos crimes, a posição das vítimas (assassinadas dentro do
veículo), a posição da criança no colo da avó – alvejada com dois projeteis de
arma de fogo – e outras circunstâncias permitem afirmar que os autores –
intelectuais, agenciadores e executores – assumiram o risco de matar a criança,
por isso responderão pela tentativa de homicídio, também com as qualificadoras
dos crimes consumados”, explicou a promotora de Justiça.
Outros detalhes do planejamento e execução do crime também foram apresentados,
como por exemplo, um organograma com fotografias de parentes da família materna
da criança, dentre as quais fotografia da avó vitimada, de seu esposo, filha,
outros parentes (entre os quais um sobrinho do João Venâncio, Paulo,
assassinado em Poção, sem autoria ainda elucidada) e dos padrinhos da criança
(sobre a fotografia dos padrinhos consta a frase: casal que se envolveu onde
não foi chamado).
“O organograma encontrado na casa de Bernadete revela o seu perfil criminoso. A
forma como planejou os crimes aqui tratados demonstra ser pessoa extremamente
racional, controladora e perigosa, e, a nosso ver, deu a ordem para matar
também os conselheiros tutelares, na mesma linha da frase que aparece no
organograma por terem se envolvido onde não foram chamados” destaca Ana Clézia.
Os promotores de Justiça ainda chamam a atenção para o fato de José Cláudio,
filho de Bernadete e pai da criança, ter sido preso e posteriormente ter sido
apresentado pela Polícia Civil pedido de revogação da prisão temporária em
razão do não indiciamento. “O MPPE opinou favoravelmente ao pedido de revogação
da prisão temporária e vislumbra a razoabilidade do posicionamento do delegado
de Polícia Civil no não indiciamento, porque existiram indícios para a
fundamentação e decretação legítima da prisão temporária, mas surgiram fatos e
elementos novos que tornaram insuficientes os indícios iniciais para o seu
indiciamento”, explicou o promotor de Justiça Edeilson Lins, acrescentando que
o magistrado já recebeu o parecer do Ministério Público, que opina pela
soltura.
O inquérito conta com 57 depoimentos, 9 volumes, mais de 2 mil páginas,
aproximadamente 450 medidas cautelares e 7 indiciamentos.
Atuação Conjunta - Na época da chacina, o procurador-geral de Justiça, Carlos
Guerra de Holanda, designou promotores de Justiça para tratar de assuntos
ligados ao crime e acompanhar as investigações.
Bernadete( mandante )
Egon
Egon se abanando com notas de $ 50,00
Wellington Silvestre dos Santos(Chaves)
Edinaldo
Pai de Egon
Leandro José da Silva (Leo de coca)
Advogado José Vicente
MPPE
Em Poção foi Assim, porque não fazer em Santa cruz do
Capibaribe
Impunidade , pela opção do Governo nesta prioridade.
A violência em Santa Cruz do Capibaribe tem solução, se houvesse interesse politico para cobrar do Governador uma força tarefa, com Policia Civil, Policia Militar, MM Publico, para identificar e prender estes marginais que estão aterrorizando a população com crimes de homicídios, Roubos, Furtos, Receptações, Tráficos. Identificando-os e os colocando-os na Cadeia.
Essa Cadeia Publica foi construída no Município pra que? Servir de palanque eleitoral? Aí aparece o Governador, uma verdadeira falta de respeito a população da cidade
Mais de setecentos assaltos ao mês( pessoas, motos ...)
Fica aqui uma pergunta. Quem não foi furtado ou roubado em Santa Cruz do Capibaribe?
Fica aqui uma pergunta. Quem não foi furtado ou roubado em Santa Cruz do Capibaribe?
Governo omisso, politicos corruptos estamos abandonados... Isso merece uma revolta da população contra os bandidos e principalmente contras esses politicos sem moral que nós temos, eles só vão fazer alguma coisa quando fizerem alguma coisa com um governador ou prefeito. E ainda por cima colocam alguns guardas municipais incapacitados pra ta dando em cima das mulheres do outros e tacando multas nos trabalhadores. Cidadizinha acabada e sem disciplina.
ResponderExcluirConcordo plenamente
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