03.09.15
Réus são condenados por morte de torcedor atingido por vaso sanitário
Luiz Cabral de Araujo Neto, Waldir Pessoa Firmo Júnior e Everton Filipe Santiago foram condenados pela morte de um torcedor em maio de 2014
Os três acusados foram condenados a mais de 20 anos
de reclusão.
Júri popular foi realizado nesta quarta-feira (2) e
durou mais de 12 horas.
Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34 anos, Luiz Cabral de
Araújo Neto, 30, e Everton Filipe Santiago Santana, 23, foram condenados pelo
homicídio do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, morto ao ser
atingido por um vaso sanitário no entorno do estádio do Arruda, na Zona Norte
do Recife, em maio de 2014. Outras três pessoas ficaram feridas.
Os três foram condenados por homicídio doloso duplamente
qualificado, sem chance de defesa à vitima e por motivo fútil, e por três
tentativas de homicídios. Waldir pegou 22 anos e seis meses de reclusão; Luiz
foi condenado a 25 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão; e Everton a 28 anos e 9
meses de reclusão.
"A gente sai mais aliviado daqui porque a
justiça foi feita. A dor permanece, mas a gente caminha", afirmou o pai de
Paulo Ricardo, José Paulo Gomes. A promotora Dalva Cabral acredita que, com
essa decisão, as famílias vão poder voltar a frequentar os estádios. "Esse
julgamento marca um novo tempo. O conselho de sentença põe fim à incitação da
violência. Acho que a gente dorme mais tranquilo esta noite", afirmou a
promotora.
A defesa de Everton Santana, que recebeu a maior
pena entre os três por possuir antecedentes criminais, vai recorrer da decisão.
"Nossa tese não foi aceita pelo júri. Com certeza vamos recorrer",
afirmou o advogado Adelson da Silva. O advogado Paulo Sales, que defendeu Luiz
Cabral, também afirmou que vai recorrer. "Ele não agiu com dolo, mas culpa
consciente. O resultado não é o pretendido e já registramos em ata que
pretendemos recorrer", apontou.
Já o defensor de Waldir Firmo, Rômulo Alencar,
explicou que ainda vai avaliar se vai recorrer. "Reconhecemos a soberania
do conselho de sentença. Iremos ainda analisar se vamos entrar com
recurso", ponderou.
Os réus foram condenados no júri popular realizado
nesta quarta-feira (2). O julgamento foi presidido pelo juiz Jorge Luiz dos
Santos Henriques, na 2ª Vara do Tribunal do Júri do Recife, no Fórum
Desembargador Rodolfo Aureliano.
O júri popular começou por volta das 9h40 desta
quarta-feira (2), com o sorteio dos jurados que compõem o Conselho de Sentença:
cinco homens e duas mulheres. Em seguida, houve a leitura da denúncia e haveria
a ouvida dos réus, que preferiram não se pronunciar. A defesa e a acusação
realizaram os debates, que duraram mais de três horas. A sentença foi lida por
volta das 22h15.
A acusação defendeu a culpa dos três acusados, com
a promotora Dalva Cabral ressaltando a intenção que eles tinham de matar alguém
da torcida rival. A defesa negou essa vontade, defendendo que nenhum deles
tinha essa intenção. Durante o embate entre defesa e acusação, a promotora
Dalva Cabral lembrou que a distância de cem metros entre o local de onde foram
arrancados e o local de onde foram jogados os vasos sanitários prova que havia
uma motivação.
Na noite do dia 2 de maio de 2014, Luiz e Waldir,
contando com a participação direta de Everton, arremessaram dois vasos
sanitários do alto da arquibancada do estádio do Arruda, onde tinha ocorrido
uma partida entre Paraná e Santa Cruz, pela Série B do Brasileirão. Os vasos
foram jogados na área externa do estádio e atingiram o torcedor Paulo Ricardo,
que morreu na hora.
No dia do crime, a partida era entre Santa Cruz e
Paraná, no entanto, a torcida do Sport, da qual a vítima fazia parte, também
acompanhava o jogo. O motivo dos crimes seria a rivalidade entre as torcidas
organizadas do Santa Cruz e do Sport. Outros três torcedores também ficaram
feridos por estilhaços dos sanitários.
Os objetos foram arremessados de uma altura de 24
metros, de acordo com o Instituto de Criminalística (IC). O professor de física
Beraldo Neto avaliou a altura e calculou que os vasos chegaram ao chão com um
peso de 350 quilos, cada um.
Os suspeitos foram presos dias após a morte. No dia
12 de maio, eles participaram da reconstituição do crime, que esclareceu
detalhes da ação dentro do estádio. Desde então, eles estão detidos no Centro
de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife.
Fonte G1 PE
AINDA É POUCO PRA ESSES OTARIOS BRIGAREM POR ESSA ENTIDADE MAFIOSA CHAMADA FUTEBOL
ResponderExcluirQUE É OUTRA MERDA QUE EMPORCALHA O MUNDO
EXPANDINDO MAIS AINDA A CORRUPÇAO