segunda-feira, 1 de setembro de 2014

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Postado  segunda-feira, 1 de setembro de 2014  |  Ler Matéria»

01.09.14
Doença pulmonar crônica será terceira maior causa de morte no mundo em 2030
Pulmão do fumante                       Pulmão de não fumante
Alvéolos pulmonares do fumante
 Sócio da Souza +

PULMÃO DE FUMANTE
NÃO FUMANTE
COMPARAÇÃO VÍDEO ABAIXO



DPOC 
Doença pulmonar obstrutiva crônica



Falta de ar pode indicar que você acabou de ver a pessoa por quem é apaixonada, mas também pode ser sintoma de uma doença pulmonar. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) será a terceira causa de morte no mundo em 2030.
DIAGNÓSTICO
A doença é confirmada por meio de um teste chamado espirometria, que mede a quantidade de ar que uma pessoa pode inspirar e expirar e a rapidez com que o ar curcula para dentro e fora do pulmão.
Por isto, a DPOC, que abarca a bronquite crônica e a enfisema, foi um dos principais temas do congresso anual da Sociedade Respiratória Européia (European Respiratory Society), que ocorreu no final de setembro em Amsterdã, Holanda. O mais preocupante é que metade dos (estimados) 210 milhões de pessoas que têm a doença não sabe.
“Muitos fumantes acreditam que pigarro e tosse são normais em quem fuma, mas este é o primeiro sintoma da DPOC. Quanto antes é iniciado o tratamento, menos danos há no pulmão já que a doença não tem cura”, conta o pneumologista José Roberto Jardim, diretor do Centro de Reabilitação Pulmonar da Unifesp (Universidade Federal Paulista).
TRATAMENTOS
O tratamento é tanto com remédios quanto com mudanças de estilo de vida.


O tratamento farmacológico é feito com anti-inflamatórios e broncodilatadores. Além disso, pode ser necessário fazer a reabilitação pulmonar - com oxigenoterapia,


Além disso, o paciente deve adequar seu estado corporal; se estiver muito magro, não tem músculos para se manter ativo, já se estiver muito gordo, o pulmão não tem capacidade para carregar todo o peso.

É importante também ter um suporte psicossocial, para tratar de depressão e ansiedade.

A prática de exercício também aumenta a capacidade física. É indicada a caminhada por 40 minutos todos os dias, ou, no mínimo, 4 vezes por semana.

Apesar de 85% dos casos da doença serem relacionados ao tabagismo, o uso de madeira para gerar energia e calor em países como a Índia, além de fatores genéticos, também são responsáveis pelo aparecimento da DPOC.
“A doença causa obstrução do fluxo do ar durante a respiração e não é reversível. Fica silenciosa até cerca dos 50 anos e afeta principalmente mulheres acima desta idade”, explica Christine Jenkins, professora de doenças respiratórias da Universidade de Sydney, na Austrália.
De acordo com Mônica Fletcher, presidente da Fundação Europeia para Doenças de Pulmão, o corpo leva de 25 a 30 anos para apresentar os primeiros sintomas da doença. Como a maioria das pessoas começa a fumar aos 13, 15 anos, é com 40 que ela é percebida. “Cerca de 10% das pessoas acima de 40 anos têm DPOC e mais da metade dos pacientes têm entre 40 e 65 anos”, afirma.
Para se ter uma ideia de como é ter a DPOC, John Walsh, presidente da Fundação para DPOC, que tem a doença desde 1989 sugere: “inspire profundamente, ai solte metade do ar e inspire novamente e solte metade do ar inspirado. É assim que uma pessoa com DPOC respira”.
O paciente com DPOC tem lesões nos brônquios, que ficam constantemente inflamados, com produção de muco, e apresenta destruição dos bronquíolos terminais e alvéolos, que perdem sua elasticidade e aprisionam o ar dentro dos pulmões (o que antigamente era chamado de enfisema).
Com esta debilidade, a pessoa fica com cada vez mais dificuldade para respirar e de fazer atividades cotidianas como varrer a casa ou caminhar, podendo chegar a ter que usar oxigênio. Walsh destaca que, além disso, há dificuldade para a prática de exercícios físicos, o que leva a fraqueza muscular. Muitos dos pacientes ficam deprimidos por não poder fazer tais atividades. Isso sem contar com a chance de hospitalização que aumenta conforme a doença avança.
A boa notícia, segundo Jardim, é que a maioria dos pacientes deixa de fumar ao descobrir a doença e mesmo aqueles que não conseguem parar, desde que sigam o tratamento, atrasam a evolução da DPOC. “No Brasil, temos 17%  de fumantes e 35% de ex-fumantes”.
Pesquisa global
Uma pesquisa global, que envolveu 2.426 pessoas, de 45 a 67 anos com DPOC, em seis países (Brasil, China, Alemanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos) constatou que 40% dos pacientes se aposentam antes (4,4 anos em média) por causa da doença. O prejuízo é de 316 mil dólares por pessoa. Acredita-se que metade dos pacientes com DPOC esteja nesta faixa etária.
Três em cada quatro pacientes têm pelo menos uma doença relacionada, 40% deles têm problemas cardíacos, 17,42%, pressão alta e de 18 a 22%, depressão.

Neil Barnes, professor de medicina respiratória do London Chest Hospital, no Reino Unido, afirma que a DPOC afeta as atividades sociais de 34% dos pacientes e que 61% dizem não sair como antes da doença.

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