Demóstenes Torres é
cassado e fica inelegível até 2027
Senador goiano
perdeu mandato por suas relações com Carlinhos Cachoeira
O Senado aprovou, na
tarde desta quarta-feira (11), por 56 votos a 19, a cassação do
mandato de
Demóstenes Torres (sem partido-GO) por quebra de decoro parlamentar. Houve
ainda cinco abstenções. Dos 81 senadores, apenas um estava ausente na sessão.
Com o mandato
cassado, o parlamentar ficará inelegível até 2027. Segundo a lei, ele não
pode
concorrer a um cargo público por até oito anos após o fim do seu mandato, que
acaba
em 2019.
Esta é a segunda
cassação na história do Senado. Em 2000, o Luiz Estevão foi cassado por
52
votos a 18. Ele era acusado de participar de um desvio de R$ 169 milhões nas
obras do
TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.
Demóstenes foi
acusado de quebra de decoro por ter trabalhado em prol do bicheiro
Carlinhos
Cachoeira no Congresso Nacional. Ele é suspeito de participar de um suposto
esquema de exploração de jogos ilegais, como o jogo do bicho e máquinas
caça-níqueis, que
seria comandado pelo contraventor no Distrito Federal e em
Goiás. A quadrilha foi
desmontada pela Polícia Federal na operação Monte Carlo,
e Cachoeira está preso desde
fevereiro.
Gravações feitas
pela PF com o aval da Justiça revelaram a ligação entre o senador e o
bicheiro
e apontaram, inclusive, que Demóstenes recebia dinheiro de Cachoeira e atuava
em
favor de seus interesses no Senado.
O senador sempre
negou as acusações. Disse que era amigo de Cachoeira e afirmou que,
até a
prisão do bicheiro, não sabia dos crimes que ele cometia.
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