Dilma anuncia redução na conta de luz
a partir desta quinta-feira
Corte é maior do que o anunciado em setembro do ano passado
23/01/2013 - AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA - A presidenta Dilma
Rousseff disse nesta quarta-feira (23), em pronunciamento em rede
nacional de
rádio e televisão, que o Brasil tem energia suficiente para o presente e para o
futuro, “sem
nenhum risco de racionamento ou qualquer tipo de estrangulamento,
no curto, médio ou no longo prazo”.
Dilma anunciou que, a partir de
quinta-feira (24), a conta de luz dos brasileiros terá uma redução de 18%
para
as residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e
serviços.
Dilma também descartou racionamento de
energia
O corte é maior do que o anunciado em
setembro do ano passado. “Com a redução de tarifas, o Brasil
passa a viver uma
situação especial no setor elétrico, ao mesmo tempo baixando o custo da energia
e
aumentando sua produção elétrica”, disse Dilma. Ela assinou hoje um decreto e
uma medida provisória com
os novos índices de redução das tarifas.
Segundo ela, os consumidores que são atendidos pelas concessionárias que
não aderiram à
prorrogação dos contratos (Companhia Energética de São Paulo -
Cesp, Companhia
Energética de Minas Gerais – Cemig e Companhia Paranaense de
Energia - Copel) também
terão a conta de luz reduzida.
A presidenta criticou duramente as previsões sobre a possibilidade de
racionamento de energia por causa do baixo nível dos reservatórios das
hidrelétricas. Ela explicou que praticamente todos os anos as usinas térmicas,
movidas a gás natural, óleo diesel, carvão ou biomassa, são acionadas com menor
ou maior exigência para garantir o suprimento de energia do país. Segundo
Dilma, isso é “usual, normal, seguro e correto”.
“Surpreende que algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou
outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos
reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de
se esperar, essas previsões fracassaram, o Brasil não deixou de produzir um
único quilowatt que precisava. E agora, com a volta das chuvas, as térmicas
voltarão a ser menos exigidas”, explicou.
A presidenta disse que o país irá dobrar em 15 anos a capacidade
instalada de energia elétrica, que hoje é 121 mil megawatts. Segundo ela, no
ano passado, o país colocou em operação 4 mil megawatts e 2,7 mil quilômetros
de linhas de transmissão e, este ano, deve colocar mais 8,5 mil megawatts de
energia e 7,5 mil quilômetros de novas linhas. “Temos contratada toda a energia
que o Brasil precisa para crescer e, bem, neste e nos próximos anos”. Dilma
também disse que o sistema elétrico brasileiro é um dos mais seguro do mundo
porque trabalha com fontes diversas de produção de energia, o que não ocorre na
maioria dos países.
Durante o pronunciamento, a presidenta também criticou os que, segundo
ela, “são sempre do contra”, e não acreditavam que o governo conseguiria baixar
os juros, aumentar o nível de emprego e reduzir a pobreza.
“Nesse novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para
trás. Pois nosso país avança sem retrocesso em meio a um mundo cheio de
dificuldades. Hoje podemos ver como erraram feio no passado os que não
acreditavam que era possível crescer e distribuir renda, que pensavam ser
impossível que dezenas de milhões de pessoas saíssem da miséria e não acreditavam
que o Brasil virasse um país de classe média”.
Dilma disse que os que tentaram “amedrontar” os brasileiros com a queda
do emprego ou a perda do poder de compra do salário também erraram e que “não
faltou comida na mesa nem emprego”. Também citou a saída de 19,5 milhões de
brasileiros da linha da extrema pobreza nos últimos dois anos.
“O Brasil está cada vez maior e imune a ser atingido por previsões
alarmistas. Nos últimos anos, o time vencedor tem sido os do que tem fé e
apostam no Brasil. Por termos vencido o pessimismo e os pessimistas, estamos
vivendo um dos melhores momentos da nossa história”.
Além de baixar o custo da energia, o Brasil tem baixado juros, reduzido
impostos e também ampliou investimentos em infraestrutura, saúde e educação,
segundo a presidenta. Na avaliação de Dilma, o país vai alcançar uma situação
ainda melhor quando todos os brasileiros trabalharem para “unir e construir” e
não para “desunir ou destruir”. “Somente construiremos um Brasil com a grandeza
dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no Brasil acima dos nossos
interesses políticos e pessoais”, concluiu.
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