Em 6 de dezembro de 2013
Senhora Huang Yijun - 92 anos
Feto petrificado
Uma
mulher de 92 anos deu à luz a um bebê de 60 anos completamente petrificado.
Isso
pode soar um pouco estranho, mas o caso ocorreu e foi registrado na China com a
dona Huang Yijun, no sul do país. Em sua barriga, o feto tornou-se um litopédio
– em outras palavras, um “bebê de pedra”, literalmente.
Este
é um fenômeno extremamente raro que ocorre quando existe uma grave falha
durante a gravidez e o feto começa um processo de calcificação.
De
acordo com o Dra. Natalie Burger, endocrinologista e especialista em
fertilidade do Texas Fertility Center, tudo começa quando o óvulo fertilizado
fica preso em seu caminho para o útero, então, ele se desenvolve fora dele.
“Normalmente,
uma gravidez ectópica vai significar a ocorrência de uma gravidez tubária, mas
em poucos casos a gravidez realmente ocorre dentro da cavidade abdominal – por
exemplo, no meio do intestino, ovário ou até mesmo na aorta. Estes últimos
casos são muito mais raros, e podem ser perigosos”.
Quando
uma gravidez fora do útero ocorre, em geral, os médicos costumam orientar que
as pacientes interrompam a gravidez, pelo grande risco que elas correm. Muitos
fetos não chegam ao desenvolvimento completo e morrem por falta de suprimento
de sangue.
Em
outros casos, o feto se desenvolve até um certo tamanho, e se torna grande
demais para ser absorvido pelo próprio organismo. O feto e a bolsa amniótica
começam a, lentamente, se calcificarem, transformando-se em uma verdadeira
pedra. Isso ocorre porque o organismo quer proteger o corpo da mulher de uma
infecção provocada pelo apodrecimento na decomposição. Como o corpo da mãe não
reconhece aquela massa endurecida como “estrangeira”, complicações não ocorrem
e ele pode, basicamente, ficar no local depositado por toda a vida.
Bebês de pedra são extremamente raros e existem até mitologia em torno deles.
Um artigo publicado em 1996 no Journal of the Royal Society of Medicine,
mostrou que apenas 290 casos de litopédio foram documentados pela literatura
médica mundial. Aparentemente, o primeiro caso ocorreu em com uma mulher
francesa chamada Madama Colombe Chatri, de 68 anos. O fato só foi descoberto
após sua morte em 1582 quando os médicos realizaram uma autópsia. Ela sentia
fortes dores e seu abdômen era duro. Ela carregava um bebê de pedra por mais de
28 anos.
A
duração média de uma “gravidez de pedra” é de 22 anos e o caso da chinesa Huang
Yijun foi um marco porque ela ultrapassou os 50 anos de gestação.
A médica foi questionada: Como uma mulher pode carregar um bebê de pedra por
décadas e não perceber que algo está errado? A Dra. Natalie Burger respondeu
que as mulheres simplesmente pensam que perderam a gravidez e não pensam que
algo tão raro pode ter ocorrido.
Em
muitos casos, a falta de dinheiro e de recursos de saúde pública em alguns
países, faz com que as pessoas não procurem ajuda médica pelos enormes custos
financeiros.
Huang
Yijun disse que os médicos informaram em 1948 que ela tinha um bebê de pedra,
mas ela simplesmente ignorou os avisos porque não tinha dinheiro para fazer uma
cirurgia de retirada.
Fonte 180
Graus
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