17.08.14
Saída do IML - São Paulo
Percurso ao Aeroporto em São Paulo
Avião da FAB
Aeroporto Internacional Recife
Recife PE
Pernambucanos tomam as ruas do Recife
para aplaudir e reverenciar Eduardo
Caminhão do Corpo de Bombeiros saiu da Base Aérea do Recife pouco depois
da 0h
Aplausos e acenos na passagem do caixão
com o corpo de Eduardo pela avenida Mascarenhas de Morais
O cortejo fúnebre do ex-governador e
candidato à presidência da República, Eduardo Campos, teve início pouco depois
da meia-noite. Os caminhões do Corpo de Bombeiros saíram da Base Aérea do
Recife com os caixões do político e da sua comitiva: o fotógrafo Alexandre
Severo, o assessor de imprensa Carlos Percol e o cinegrafista Marcelo Lyra.
Dezenas de batedores acompanham o trajeto, que começou pela rua Maria Irene, no
bairro do Jordão, na Zona Sul do Recife. A previsão é que o cortejo dure cerca
de 1h.
Milhares de pessoas tomaram as ruas e
avenidas do Recife para acompanhar a passagem dos bombeiros transportando os
caixões de Eduardo e sua comitiva. Durante o trajeto, a população reverenciou a
maior liderança política do Estado com aplausos, acenos ou exibindo as
bandeiras de Pernambuco e do Brasil. Um dos pontos altos do cortejo foi a
passagem pela avenida Mascarenhas de Morais, em frente ao Aeroporto do Recife.
Muitos preferiram acompanhar a passagem dos corpos do viaduto.
Na passagem pela Estrada dos Remédios, em Afogados, a médica Kaliana
Basílio, de 41 anos, não conteve a emoção no momento da passagem dos caixões.
“É uma sensação de vazio que sinto. Espero que seja preenchido, mas não tenho
esperança. Um líder como ele não faz da noite para o dia”, disse Karina, aos
prantos.
Filhos de Eduardo acompanham cortejo em
cima de caminhão e acenam para a multidão de seguidores
O servidor público José Ailton
Pereira Oliveira, de 50 anos, disse que a perda de Eduardo deixará o povo
pernambucano mais carente. “Ele representava uma nova liderança política, e é
isso que o brasileiro sempre espera, pois ele está carente.(...) Ele tinha essa
forma de administrar ajudando os mais necessitados, carentes, vendo o povo de
uma outra forma”, declarou.
Por volta das 1h20, os caminhões do Corpo de Bombeiros aportaram na via
que leva o nome do avô de Eduardo, a Avenida Norte Miguel Arraes de
Alencar, em outro ponto alto do cortejo fúnebre. O trajeto pela avenida cortou
os bairros de Tamarineira, Rosarinho, Encruzilhada e Santo Amaro, este
último um dos mais populosos do Recife. Milhares de carros acompanharam o
cortejo em comboio.
Admiradores de Eduardo preparam as
câmeras fotográficas para registrar momento histórico
Um efetivo de 100 agentes de
trânsito, 40 motos e 16 viaturas estão responsáveis pelo acompanhamento e
bloqueio de vias. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) aconselha
à população que não use carro para se deslocar às cerimônias devido ao grande
movimento esperado para a região central da Cidade.
O cortejo saiu da Base Aérea do Recife e tem como trajeto a rua Maria
Irene, avenida Mascarenhas de Moraes, seguindo pela Ponte Motocolombó, Largo da
Paz, avenida Sul; rua Nicolau Pereira, Estrada dos Remédios, avenida Visconde
de Albuquerque, rua José Bonifácio, rua Cônego Barata, avenida Norte Miguel
Arraes de Alencar, avenida Cruz Cabugá, rua do Hospício, rua Princesa Isabel,
Praça da República e o Palácio do Campo das Princesas.
Os corpos de Eduardo
Campos e dos seis integrantes de sua equipe que morreram no acidente aéreo em
Santos foram liberados do Instituto Médico-Legal de São Paulo, na região da
Avenida Paulista, na tarde deste sábado (16). Os restos mortais seguiam em sete
carros funerários (um para cada vítima) escoltados por policiais civis do Grupo
de Operações Especiais (GOE) até a base aérea da Aeronáutica em Cumbica,
Guarulhos, na Grande São Paulo.
Quando os veículos saíram, por volta
das 16h20, pessoas que se aglomeravam em frente ao prédio do IML central
aplaudiram, cantaram o hino nacional e jogaram flores sobre os automóveis.
Segundo a Aeronáutica, três aviões
foram disponibilizados para o traslado dos corpos para Pernambuco, Sergipe,
Minas Gerais e Paraná.
Além de Campos, morreram no acidente o
fotógrafo Alexandre Severo e o cinegrafista Marcelo Lyra; o jornalista e
assessor de imprensa Carlos Percol; o assessor de campanha e ex-deputado
federal Pedro Almeida Valadares Neto; e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da
Cunha e Marcos Martins.O acidente que matou
Eduardo Campos aconteceu no bairro residencial do Boqueirão, em Santos, na
manhã da quarta (13). O jato particular caiu sobre residências e matou os sete
que estavam a bordo. Chovia no momento da queda. A Aeronáutica vai apurar as
causas do acidente e, em paralelo, a Polícia Civil também irá apurar o caso
para buscar possíveis responsáveis.
Identificação
No fim da manhã deste sábado, o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi ao IML para acompanhas, junto de
familiares das vítimas, o fim dos trabalhos dos peritos.
Uma equipe de 34 especialistas
trabalhou na identificação dos mortos, segundo a Secretaria de Segurança
Pública (SSP). Quatro peritos da Polícia Federal (PF) também apoiam os
trabalhos. A realização dos exames de DNA ficou sob a responsabilidade de dez
peritos criminais do Instituto de Criminalística (IC), especialistas em
genética forense.
Na noite de sexta-feira (15), o
governador de Pernambuco, João Lyra Neto, esteve no IML e afirmou que o velório
de Campos começará assim que o corpo chegar, na noite deste sábado, ao Recife.
Uma missa está prevista para as 10h de domingo (17). O funeral segue até o
sepultamento marcado para as 17h, no Cemitério Santo Amaro, onde está enterrado
o avô de Campos, Miguel Arraes.
Perfis genéticos
A demora na liberação dos corpos
ocorreu por causa do estado em que se encontravam os restos mortais. “Os corpos
estão totalmente dilacerados, infelizmente”, disse o líder do PSB na Câmara dos
Deputados, Beto Albuquerque.
Para a identificação, foram necessários
os perfis genéticos de familiares das sete vítimas. Eles foram feitos a partir
de material coletado dos parentes e, então, comparados com o DNA detectado nos
restos mortais.
O último material genético a ser
analisado, o da família do piloto Geraldo Cunha, de Minas Gerais, chegou na
sexta. Após a identificação dos restos mortais, foi emitido o atestado de
óbito, e os corpos puderam ser liberados.
Arcada dentária
O dentista de Campos, Fernando
Cavalcanti, também compareceu ao IML de São Paulo na madrugada de quinta
levando radiografias e um molde da arcada dentária do candidato.
“Infelizmente não encontraram corpos.
Foi impossível identificar porque não temos a arcada dentária pelo estrago que
estava”, disse o dentista. “Levei a documentação radiográfica completa, mas
infelizmente a explosão foi muito grande e sobraram apenas restos.”
Outro presente foi Francisco
Sacramento, da Polícia Científica de Pernambuco, que trabalhou no acidente
envolvendo o voo da Air France, em 2009.
O acidente
A Aeronáutica informou em nota que o
avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao
aeroporto de Guarujá, no litoral paulista. Quando se preparava para pouso, o
avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo
perdeu contato com a aeronave.
Moradores disseram ter visto uma bola
de fogo no céu. Os destroços atingiram residências do bairro e seis vítimas do
acidente que moravam na área onde caiu o avião se feriram e foram para a Santa
Casa de Santos. Segundo o hospital, todos passam bem.
A bordo da aeronave (veja como foi a
queda do avião) estavam sete pessoas, das quais cinco passageiros (entre eles
Campos) e dois tripulantes. A PF abriu inquérito para investigar o motivo do
acidente, e enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração do
caso. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar
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