15.10.14
Em nota a Polícia Federal alerta a
população sobre a quadrilha que está
atacando através da internet, e pede para todos fiquem
atentos e denuncie se tiver sido vítima, acompanhe a nota;
A Polícia Federal e o FBI estão
investigando no Brasil, sob sigilo, a chamada “GANGUE DO BOLETO” a qual estão
aplicando um golpe usando computadores instalados nos EUA onde já conseguiram
fraudar somente de fevereiro a maio deste ano no Brasil, 496 mil boletos, a
maior parte dele com valores de R$ 1.500 reais, e infectar 192 mil
computadores, dando um prejuízo na cifra de 8,6 bilhões de reais, sendo que o
Brasil foi o país mais afetado no golpe, principalmente a região sudeste. Pelo
menos 34 instituições bancárias foram envolvidas, em ao menos três países.
A "gangue do boleto" opera
pela internet a partir dos EUA com ramificações no Brasil e se conecta aos
computadores por um vírus, batizado de "BOLWARE" enviado por e-mail
com mensagens de supostas cobranças, intimações da polícia, atualizações de
bancos ou mensagem do tipo “veja nossas fotos”, da direção do Enem dizendo que
a inscrição está errada, do plano de saúde com pagamento atrasado ou não, da
Receita Federal sobre pendência da Declaração do imposto de renda e com as
eleições se aproximando, da Justiça Eleitoral.
Uma vez infectados, os computadores são
monitorados à distância. Ao clicar nos arquivos anexos, o usuário permite a
instalação do vírus. Toda vez que um código de boleto é digitado ou
identificado, a quadrilha intercepta o pagamento e o desvia para suas contas. O
vírus não invade a conta-corrente nem o sistema de geração de boletos das
lojas. A fraude se dá na transmissão de dados no computador infectado.
ENTENDA COMO FUNCIONA O GOLPE:
A primeira situação envolve os
pagamentos com boletos impressos. Na hora do pagamento, o vírus
"percebe" que um código de boleto está sendo digitado, já que eles
seguem um mesmo padrão de blocos de números e consegue mudar o código de
pagamento que identifica a conta corrente e o dinheiro do cliente vai parar na
conta de um laranja da quadrilha no Brasil. O internauta não percebe o truque
porque o vírus esconde o código alterado até o momento da confirmação do
pagamento. Só então o código alterado aparece na tela, já sem tempo para a
anulação do pagamento.
A segunda situação envolve as compras
on-line com boletos gerados pelas próprias lojas. Neste caso, o vírus
intercepta o boleto antes de sua exibição na tela do cliente. O boleto original
é enviado ao servidor da quadrilha nos EUA e é adulterado e reenviado ao
computador no Brasil. O cliente não percebe que é um boleto falso. Há 19
diferentes modalidades de vírus voltados para esta prática.
DICAS DE SEGURANÇA:
Tenha sempre um bom antivírus
atualizado;
Não abra nenhum anexo com mensagens do
tipo “veja nossas fotos”, de supostas cobranças, intimações da polícia,
atualizações de bancos, da Receita Federal sobre pendência da Declaração do
Imposto de Renda, direção do Enem dizendo que a inscrição está errada, do plano
de saúde com pagamento atrasado, e da Justiça Eleitoral – tais órgãos não fazem
tais cobranças ou comunicações por email.
Para escapar do golpe na primeira
situação é mais difícil se proteger porque o código é escondido e alterado só
aparecendo na tela depois da confirmação do pagamento, caso tenha dúvida a
respeito de sua máquina está infectada ou não é melhor procurar um técnico em
informática para limpar a máquina e optar pelo caixa eletrônico.
Já na segunda situação o internauta
deverá ligar para loja e conferir o código de barras antes de pagá-lo ou
conferir se o código do banco foi alterado juntamente com alinha digitável e
atentar se o código de barras possui espaços em branco. Optar pelas transações
feitas por Débito Direto Autorizado (DDA) porque as informações são checadas em
tempo real pelo próprio sistema do banco.
Os boletos representam atualmente 4,5%
do volume de pagamentos e 3% do total de fraudes em 2013, segundo a associação
dos bancos, Febraban. O boletos são a segunda forma de pagamento mais usada no
Brasil - atrás apenas dos cartões de crédito. Uma pesquisa feita por uma das
maiores empresas de tecnologia do mundo mostra que os golpes pela internet
provocam um prejuízo de US$ 5 bilhões por ano no mundo. No Brasil, 14% dos
brasileiros afirmam que já caíram em uma fraude dessas. O crime cibernético já
é o terceiro que mais causa prejuízo no mundo (445 bilhões de dólares somente
em 2013), ficando atrás do narcotráfico e da falsificação de marcas e
propriedade intelectual.
Caruaru/PE, 13 de outubro de 2014.
Comunicação Social Caruaru/PE
0 comentários: