16.10.14
Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Capibaribe, intensifica a prevenção e o combate a Esquistosomoses no Município, com coleta de fezes dos moradores do Loteamento Antonio Burgos para exame laboratorial
Esquistossomose
Schistossoma mansoni: parasita responsável pela esquistossomose
A esquistossomose é causada
por platelmintos da classe Trematoda. Estes ocorrem em diversas
regiões do mundo, sendo que, no Brasil, o responsável pela doença é o Schistossoma mansoni.
Este tem a espécie humana como hospedeiro definitivo, e caramujos de água doce do gênero
Biomphalaria, como hospedeiros intermediários.
Paciente doente
Pessoas contaminadas permitem com que outros indivíduos adquiram a doença ao
liberar ovos do parasita em suas fezes e urina, quando estas são depositadas em
rios, córregos e outros ambientes de água doce; ou quando chegam até estes locais
pelas enxurradas.
Na água, a larvas - denominadas miracídios - são liberadas e só continuam seus
ciclos de vida se alojarem-se em caramujos
do gênero Biomphalaria. Estes possuem como característica principal
concha achatada nas laterais e de cor marrom acinzentada.
As larvas, agora denominadas cercárias, se desenvolvem e são liberadas na água.
Em contato com a pele e mucosa humanas, penetram
no organismo e podem causar inflamação, coceira e
vermelhidão nessas regiões. Lá, desenvolvem-se, reproduzem-se e eliminam ovos a
partir de veias do fígado e intestino, obstruindo-as.
Os sintomas, quando aparecem, surgem
aproximadamente cinco semanas após o contato com as larvas.
Na fase aguda (a mais comum), a
doença se manifesta por meio de vermelhidão e coceira cutâneas, febre,
fraqueza, náusea e vômito. O indivíduo pode, também, ter diarreias, alternadas
ou não por constipações intestinais.
Na fase crônica, fígado e baço
podem aumentar de tamanho. Hemorragias, com liberação de sangue em vômitos e
fezes, e aumento do abdome (barriga-d’água) são outras manifestações possíveis.
O diagnóstico é feito via exames
de fezes em três coletas, onde se verifica a presença de ovos do verme; ou por
biópsia da mucosa do final do intestino. Há também como diagnosticar
verificando, em amostra sanguínea, a presença de anticorpos específicos.
O tratamento é feito com
antiparasitários, geralmente em dose única.
A prevenção consiste em
identificação e tratamento das pessoas adoecidas, saneamento básico, combate
aos caramujos, e informação à população de risco. Evitar contato com água
represada ou de enxurrada e usar roupas adequadas ao entrar em contato com água
suspeita de estar infectada são medidas individuais necessárias.
Rui Medeiros
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