0 09.01.15
Todos nós já passamos (ou iremos passar) por situações em que o dinheiro
está curto e o carro precisa de manutenção. Nesse momento, é importante saber
onde dá para economizar e onde é melhor não correr o risco.
Durante tantos anos trabalhando com manutenção, não foram poucas as
vezes que neguei a execução de alguns serviços. Muitas vezes o amigo de um
cliente sugere um reparo paliativo, dizendo que deu certo no carro dele, mas
esta informação, na maioria das vezes, não possui um respaldo técnico. Tudo que
precisa ser feito deve ser bem feito.
Veja 10 jeitinhos para problemas mecânicos e entenda por que evitá-los:
1) Riscar um pneu careca
2) Desamassar roda
Alguns borracheiros possuem uma ferramenta (faca de corte) utilizada para fazer
novos sulcos em pneus que já estão carecas – e eles são colocados à venda como
“pneus meia vida”. Fuja deles. Estes sulcos diminuem drasticamente a
resistência do pneu, e você poderá descobrir isto tardiamente. Lembre-se de que
é melhor colocar um pneu novo de qualidade inferior (que dure menos) do que
colocar a vida dos ocupantes em risco.
Roda e martelo não combinam. Quem faz este tipo de reparo certamente nunca teve
acesso a uma fábrica de rodas e tão pouco estudou a resistência dos materiais.
Os metais possuem duas zonas de solicitações, a primeira chama-se elástica. É
aquela que, mesmo quando o metal é deformado, volta à sua conformação original.
E existe a zona plástica, onde as deformações são permanentes, ou seja, aquela
que você precisa desamassar na base do martelo. Quando se usa o martelo (ou
prensa) para colocar a peça nas dimensões originais, aquela região do
retrabalho fica fragilizada e, com qualquer impacto, voltará a se deformar.
3) Colocar água fria no reservatório
4) Retirar a válvula termostática
5) Soldar o radiador
6) Escolher pastilhas de freio erradas
No momento de substituir as pastilhas de freio, cuidado com as gratuitas ou muito baratas. Existem algumas que são muito duras, causam ruído e diminuem a vida útil dos discos de freio. Outras são muito moles, sujam as rodas e se desgastam rapidamente. Consulte seu mecânico e peça a melhor opção.
Se seu carro consome água com frequência, leve-o ao mecânico para identificar o
vazamento. Em caso de superaquecimento do motor, não coloque água fria no
reservatório. Você poderá causar empenamento ou até uma trinca no cabeçote
devido ao choque térmico. Lembre-se que nenhum carro se auto-recupera. Ao
contrário, os problemas sempre tendem a aumentar.
4) Retirar a válvula termostática
Muitos veículos possuem problema de superaquecimento em virtude do mau
funcionamento da válvula termostática e, infelizmente, alguns motoristas acabam
por retirá-la sem colocar outra no lugar. Resolvem um problema, mas criam
outro. Todo veículo que trabalha frio acaba tendo um desgaste prematuro nas
peças do motor (veja a coluna “Andar com carro frio pode ser uma gelada”).
Considerando a importância da válvula termostática, procure repor com uma peça
de qualidade. Deixar o carro sem ela é o mesmo que reduzir 50% da vida útil do
seu motor.
5) Soldar o radiador
Você pode, sim, reparar um furo caso esteja em dia com a troca do aditivo do
radiador. Agora, se você é daqueles que não faz revisões e, quando o nível de
água está baixo, você completa apenas com água de torneira (que possui cloro),
é bem provável que seu radiador possua vários pontos fragilizados na parte
interna, prontos para estourarem. Neste caso, existe a possibilidade de você
reparar um furo e, algum tempo depois, acabar encontrando outro vazamento.
Pergunte ao seu mecânico se colocar um radiador novo não seria a melhor
solução.
6) Escolher pastilhas de freio erradas
No momento de substituir as pastilhas de freio, cuidado com as gratuitas ou muito baratas. Existem algumas que são muito duras, causam ruído e diminuem a vida útil dos discos de freio. Outras são muito moles, sujam as rodas e se desgastam rapidamente. Consulte seu mecânico e peça a melhor opção.
7) Deixar de consertar vazamentos
8) Comprar peças de desmanche
9) Economizar no reparo do cinto de segurança
Este é um item que exige uma pessoa especializada para repará-lo. Nunca permita que alguém “dê uma olhadinha sem compromisso”. O cinto não é um item para curiosos.
Não fique refém de vazamentos de óleo, sejam eles do motor, do câmbio ou de freio.
Algumas pessoas fazem reparos paliativos que põem em risco o seu bolso. Não
existe essa coisa de “colocar um óleo mais grosso”: seu motor ou seu câmbio não
foram projetados para este tipo de óleo. Faça o reparo corretamente. Pode ser
mais caro no primeiro momento, mas ainda sim evitarão vários outros
aborrecimentos.
Colocar peça usada é sempre uma
caixinha de surpresas. E sempre será um reparo de eficácia temporária. Muitas
vezes, é difícil identificar seu estado de conservação. Se for um conjunto como
câmbio, motor ou caixa de direção, pior ainda. Essa é uma boa alternativa para
itens que não comprometem a segurança dos ocupantes, como faróis, bancos,
maçanetas, lanternas etc.
9) Economizar no reparo do cinto de segurança
Este é um item que exige uma pessoa especializada para repará-lo. Nunca permita que alguém “dê uma olhadinha sem compromisso”. O cinto não é um item para curiosos.
10) Consertar ABS e airbags em oficinas não especializadas
Freios ABS e airbags são itens caros, e a grande maioria dos mecânicos sabe da
responsabilidade que é repará-los. Dificilmente se atrevem a fazer qualquer
manutenção, porque são necessários conhecimento e ferramental específico.
Devido ao alto valor das peças destes componentes, muitos motoristas se veem
tentados a procurar oficinas que não são especializadas para baratear o
serviço, e acabam dando uma solução insegura para o problema.
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