21.02.15
Interrompo a folia para fazer, com auxílio do ex-ministro Joaquim
Barbosa, um resuminho do carnaval petista e suas alegorias de sempre:
I. JUNHO/JULHO DE 2012:
Manobra: Petistas mandam seus comparsas
do Tribunal de Contas da União (TCU) considerar os milhões de reais desviados
do Banco do Brasil, por meio da Visanet, um dinheiro “privado”, e não público.
Objetivo: liquidar a maior prova do uso
de dinheiro público no esquema do mensalão.
Motivo: a prova destruía a propaganda
do PT segundo a qual os recursos utilizados pelo partido para comprar apoio no
Congresso Nacional eram provenientes de caixa-dois.
Resultado: Felizmente, o Ministério
Público Federal conteve a tempo a manobra.
II. CARNAVAL DE 2015:
Manobra: Enquanto o Brasil se distrai
com a folia carnavalesca, os comparsas do PT no TCU aprovam em tempo recorde
uma Instrução Normativa redigida no Palácio do Planalto e levada ao tribunal
pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
Objetivo: Impedir que os acordos de leniência
feitos no âmbito da Controladoria-Geral da União (CGU) sejam anulados pelo TCU
que, muito embora controlado por PT e PMDB, ainda era visto como um risco para
as empreiteiras enroladas com a Operação Lava Jato.
Motivos:
- Contornar o juiz Sérgio Moro.
- Garantir que as empresas não sejam consideradas inidôneas e possam
continuar a negociar contratos com o governo.
- Persuadir empreiteiros presos a não partir para a delação premiada, já
que não há perigo de falência das empresas e eles ainda poderão levar um vidão
ao sair da cadeia.
- Evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, tornando inviável
imputar-lhe o crime de responsabilidade.
- Salvar Luiz Inácio Lula da Silva, enrolado até a barba no Petrolão.
Resultado: Se o povo brasileiro não for às ruas no dia 15 de março em defesa da
Operação Lava Jato, como aliás eram em defesa das investigações as primeiras
manifestações anti-PT de novembro de 2014, o PT a engavetará e varrerá tudo para
debaixo do tapete, exatamente como em campanha acusava o PSDB de ter feito no
governo Fernando Henrique Cardoso
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