21.02.15
Grande reflexão
Em hospital da rede publica no Brasil
"O presidente
da Indonésia pediu a Dilma clemencia para os pacientes do SUS que estão no
corredor da morte no Brasil. Alega que lá na indonésia a condição para entrar
no corredor da morte é ser traficante, no Brasil a condição é apenas ser pobre
e ficar doente."
Fonte Mário Silva Facebook
Dilma renova
apelo contra execução de brasileiro na Indonésia
Traficante brasileiro preso na Indonésia no corredor da morte
Presidente vai pedir ao novo
embaixador do país no Brasil para que Rodrigo Gularte, condenado à morte, seja
transferido para hospital
A presidente Dilma
Rousseff aproveitará a cerimônia de entrega das credenciais do novo embaixador
da Indonésia no Brasil, nesta sexta-feira, 20, no Palácio do Planalto, para
renovar o apelo contra a execução do brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos,
que está no corredor da morte naquele país. Ela pedirá que ele seja transferido
da prisão para um hospital psiquiátrico.
A conversa de Dilma com o novo
embaixador indonésio coincide com a ida, também nesta sexta, de um diplomata
brasileiro à penitenciária Pssar Putih, na Indonésia, para entregar em mãos ao
seu diretor uma carta com novo apelo do governo brasileiro, dessa vez
acompanhada de um atestado de médico local comprovando que Gularte sofre de
esquizofrenia e precisaria ser internado.
Gularte. Família tenta convencê-lo a aceitar
transferência
Nesta quinta-feira, 19, a presidente
Dilma conversou com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre a
situação do brasileiro, que cumpre pena por tráfico de drogas. O governo quer
evitar, a todo custo, uma nova execução, como aconteceu com Marco Archer, no
mês passado. A insistência do governo Dilma na transferência de Gularte para um
hospital psiquiátrico na cidade de Yogyarta ocorre três dias depois de o
governo indonésio anunciar o adiamento da execução do brasileiro, que ainda não
tem nova data marcada.
O Brasil tem pressa na decisão em
relação à transferência de Gularte para um hospital psiquiátrico, porque os
processos de execução e de autorização para internação correm de forma
distinta. Portanto, se a execução for marcada e o pedido de transferência para
o hospital não tiver sido julgado, ele será morto, sem qualquer tipo de discussão
ou apelo jurídico.
Diagnosticado com esquizofrenia,
Gularte pode ser poupado do fuzilamento se o laudo, assinado por um médico do
serviço público de saúde daquele país, for aceito pela Justiça.
O brasileiro está preso há 10 anos,
desde que tentou entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em
pranchas de surfe. Tráfico é punido com morte por fuzilamento no país. A
legislação, no entanto, diz que o condenado precisa ter consciência do crime
cometido e da punição, o que excluiria pessoas que sofrem de doença
mental.
De acordo com o Itamaraty, Gularte já
demonstra sinais de esquizofrenia há muitos anos, mas só agora foi feita a
avaliação psiquiátrica confirmando a doença. A carta entregue pelo diplomata
brasileiro é o primeiro passo para que ele seja transferido para o hospital, já
que a mudança precisa ser autorizada pelo diretor da penitenciária. Depois
disso, ainda é necessário que seja aprovada pela promotoria da Indonésia, que
já afirmou que pedirá um outro laudo psiquiátrico, feito por uma junta médica,
antes de aprová-la.
Parentes do brasileiro estão na
Indonésia e tentam convencê-lo também a aceitar a transferência para o
hospital. Afetado pela doença, Gularte diz que se sente seguro na penitenciária
e tem medo de sair do local.
Pressão. Gularte deveria ser executado neste mês, junto com
outros seis estrangeiros e quatro indonésios, mas o cumprimento da pena foi
adiado e ainda não tem nova data. O governo da Indonésia alegou problemas
logísticos na prisão de Nusakambangan, onde deve ocorrer o fuzilamento, mas
existe a desconfiança de que a pressão da Austrália, que tem dois cidadãos
entre os condenados, poderia estar surtindo efeito, mesmo que os pedidos de
clemência tenham sido negados pelo presidente Joko Widodo.
Triste mais é a realidade!
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