12.05.15
Família Corrêa com quatro membros
implicado em crimes
A Polícia Federal concluiu neste fim de
semana sete inquéritos policiais que apuram a responsabilidade criminal dos
ex-deputados federais presos na 11ª Fase da Operação Lava Jato, André Vargas
(ex-PT-PR), Pedro Corrêa (PP-PE), Aline Corrêa (PP-SP) e Luiz Argôlo (SD-BA).
Os inquéritos apuraram crimes de corrupção, fraude a licitações, lavagem de
dinheiro, organização criminosa, entre outros. Trinta pessoas foram indiciadas,
sendo que em alguns casos houve investigados indiciados em mais de um
procedimento. Os três ex-deputados estão presos em Curitiba preventivamente e
estão entre os indiciados.
Os inquéritos policiais com respectivos indiciamentos e relatórios
finais foram encaminhados ao Ministério Público Federal, que agora vai formular
denúncia contra eles. Além dos três ex-deputados, foram indiciados seus
ex-assessores e familiares, além do doleiro Alberto Youssef e seus laranjas.
Esses inquéritos apuraram fraudes que foram além da Petrobras. Os
ex-deputados estão envolvidos em repasses de valores relacionados a contratos
de publicidade do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal para
empresas vinculadas aos três ex-parlamentares.
Segundo a PF, empresas ligadas a André Vargas recebiam repasses de
recursos que saíam da Caixa e do Ministério da Saúde por meio da agência de
publicidade Borghi Lowe Propaganda e Marketing, que tinha como diretor Ricardo
Hoffmann. A agência teve contratos com órgãos do governo federal entre 2010 e
2014 e repassou comissões para as empresas fantasmas de André Vargas e seu
irmão Leon Vargas. Os dois foram indiciados neste final de semana, além de
Hoffmann. Foi iniciado ainda Marcelo Simões. Também a mulher de Vargas,
Edilária Simões Gomes foi indiciada pela PF.
De acordo com a PF, Pedro Corrêa recebia valores mensais indevidos, por
meio de assessores. Vários repasses partiram do doleiro Alberto Youssef. Os
dois também foram indiciados neste final de semana. Além deles, foram indicados
a mulher do ex-deputado, Márcia Danzi Russo Correia de Oliveira, e seu filho
Fábio Correia Andrade Neto e Ivan Mernon da Silva Torres. Todos laranjas do
ex-deputado, segundo a PF.
Por parte de Youssef, foram indiciados vários laranjas e testas de ferro
do doleiro, como Leandro Meirelles, Esdras Arantes Ferreira, Pedro Argesse
Junior, Mateus Oliveira dos Santos, João Procópio de Almeida Prado e Mauro
Bocheiro. A PF inidiciou também o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos,
ex-ministro do então presidente Fernando Collor de Mello.
O ex-deputado Luiz Argôlo
também foi inidicado, assim como seus ex-assesores, como Elia Hora dos Santos.
Foram indicados ainda Claudio Jorge Fontenelli. Agora, o Ministério Público
dirá se vai encaminhar denúncia ao juiz Sérgio Moro
Fonte Magno Martins
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