Depois de quase sete anos, Justiça promove
audiências dos envolvidos no processo do “Escândalo da Merenda”
Na manhã e tarde desta segunda-feira
(20) foi realizada, a portas fechadas, a primeira audiência civil pública sobre
o polêmico caso do “Escândalo da Merenda”.
O caso ganhou repercussão em 2006,
quando as prestações de contas do ex-prefeito e atual deputado federal José
Augusto Maia (PTB) apresentaram fortes indícios de fraude na licitação da
merenda escolar.
Naquela época, contratos de compra de
alimentos teriam sido realizados com uma suposta empresa fantasma, que deveria
fornecer os produtos para as escolas da rede municipal.
A suposta empresa envolvida seria de
propriedade de Josefa das Dores, uma agricultora analfabeta e com deficiência
auditiva, que reside no povoado de Cacimba de Baixo.
Além do deputado, o escândalo também
envolveu nomes de várias pessoas ligadas ao governo daquela época.
Nessa primeira audiência, comandada
pelo Juiz da Terceira Vara Cível de Santa Cruz do Capibaribe, Dr. Luiz Célio,
foram ouvidas cinco pessoas, sendo três réus que faziam parte da licitação
(Helder Viegas, Rosani Aragão e Luiz Bezerra) e duas testemunhas de acusação
(José Roberto e Anunciada).
A suposta proprietária da empresa
também esteve na audiência, mas não foi ouvida devido à dificuldade de
comunicação. O juiz marcou uma nova audiência com a presença de um tradutor
para ouvir Josefa das Dores.
Tallys Maia afirma que nenhum réu citou José
Augusto como responsável pelo suposto esquema de corrupção
De acordo com o advogado de defesa,
Dr. Tallys Maia, o nome do deputado não foi citado como responsável por esse
caso, nessa primeira audiência. Outras serão marcadas e a próxima será no dia
17 de junho.
Perguntado sobre quando o deputado
prestaria seu depoimento perante o juiz, o advogado respondeu que o depoimento
será dado possivelmente em Brasília, mas não especificou a data.
“Vamos ver se o juiz acata o pleito
dele ser ouvido em Brasília”, destacou, enfatizando também que a defesa está
tranquila quanto ao caso e que o processo ainda pode se desenrolar por mais
dois anos até a divulgação de uma sentença, que ainda caberá recurso em outras
instâncias da Justiça.
Advogado Manoel Jordão afirma que ausência de José
Augusto pode caracterizar confissão de culpa
O advogado Manoel Jordão, que defende
um dos réus acusado de participação no processo de licitação do “escândalo da
merenda”, afirmou ao Blog que a ausência de José Augusto Maia na audiência,
ocorrida nesta segunda-feira (20), pode caracterizar confissão de culpa, mesmo
ele tendo sido representado por advogados.
Manoel Jordão também rebateu a
afirmação de Tallys Maia, de que José Augusto não foi citado como responsável
por esse caso nessa primeira audiência.
“Quem é gestor em uma Prefeitura
jamais vai chegar pra alguém e dizer faça isso, ele vai mandar alguém fazer”,
afirmou Manoel Jordão.
esta audiência chega para aliviar o arroxo contra a atual administração
ResponderExcluirEste escândalo derrubou Zé Augusto Maia o mito, e nesta atual gestão já se inicia as mazelas anteriores, será que Edson Vieira irá provar que existe transparência em sua administração. O tempo não distante dirá
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