14.04.15
Ex gerente da fazenda, Jonas Aurelio
fala da
compra de votos, por Pedro Corrêa e seus
candidatos
compra de votos, por Pedro Corrêa e seus
candidatos
Pedro Correia
Jonas Aurélio de Lima Leite, ex-funcionário da fazenda do ex-deputado
Pedro Corrêa (PP-PE), declarou à Polícia Federal que documentos apreendidos na
11ª fase da Operação Lava Jato são comprovantes da compra de votos por parte de
Corrêa.
Corrêa foi preso por conta da última
fase da Lava Jato, suspeito de receber recursos do doleiro Alberto
Youssef oriundos do esquema de corrupção na Petrobras. Ele também já havia sido
condenado no mensalão.
Segundo Jonas, os documentos eram recibos de pagamentos de energia
elétrica, contas de água, pagamentos de combustíveis, peças de veículos e
compra de materiais de construção, que eram arquivados no escritório da fazenda
onde trabalhava.
"As compras de voto foram feitas na cidade de Brejo da Madre de
Deus (PE), mediante a procura dos eleitores e oferecimento por parte de Pedro
Corrêa", diz trecho do depoimento de Jonas à PF. Segundo ele, os
pagamentos eram feitos através da equipe política do ex-deputado.
O ex-funcionário informou que, quando deixou esse trabalho, em 2013,
retirou os documentos para denunciar as irregularidades, mas que não procurou
nenhum órgão público.
Suspeito de ser laranja de Corrêa por ter movimentações financeiras
altas em sua conta bancária, Jonas informou à PF que tinha salário de R$ 1.500
mas que também recebia recursos em sua conta para pagar outros funcionários da
fazenda. O valor depositado, segundo ele, era em média de R$ 20 mil mensais e
era sempre usado para as despesas da fazenda.
Também ouvida pela Polícia
Federal, Vera Lúcia Leite Soiusa Shiba, ex-funcionária de Pedro Corrêa na
Câmara, informou que era obrigada a repassar metade do seu salário ao chefe de
gabinete do parlamentar
Fonte Folha de SP
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