quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

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Postado  quarta-feira, 11 de dezembro de 2013  |  Ler Matéria»


Com 2,35 m, "gigante" de Duque de Caxias (RJ) pode ser o homem mais alto do Brasil

Com 2,35 m, Rafael Santos do Nascimento, 25, de Duque de Caxias (RJ), pode ser o homem mais alto do Brasil. Difícil competir com ele.

Alguns segredos são tão grandes que fica difícil de escondê-los. É o que acontece em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No princípio, o pessoal comentava à boca miúda. Dadas as dimensões do babado, não deu pra segurar: a cidade pode em breve ser conhecida como a terra do gigante brasileiro.
Ema das ruas principais de Caxias, a avenida Presidente Getúlio Vargas, não é preciso sequer o endereço para encontrar o grandalhão. “Onde trabalha o gigante? Já viram ele por aqui?” Em qualquer pastelaria, loja de roupas ou mercado que se passe, todos sabem indicar onde trabalha o gigante: “na refrigeração”.
De longe já era possível avistar o grandalhão. Passado o espanto inicial com o tamanho de Rafael Santos do Nascimento, 25, se descobre que ali existe um jovem como qualquer outro –só que um pouco maior.
Rafael afirma que da última vez que se mediu, alcançou 2,35 m. Em terra de "baixinhos", o gigante nem pensa tão grande assim: seu maior sonho hoje é ter uma casa adaptada ao seu tamanho.
“Seria muito bom eu ter uma cama do meu tamanho, um chuveiro mais alto, uma casa do meu tamanho. (risos) É um sonho”, diz o jovem. “Tenho que andar sempre atento, até já perdi a conta de quantas vezes já bati a cabeça, os portais das casas deveriam ser mais altos”.
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Um dos sonhos de Rafael é uma chuteira que caiba em seu pé
Rafael não revela seu time de futebol do coração, mas outro de seus sonhos é uma chuteira que caiba em seu pé (ele calça 52-54). “Costumo ficar mais de chinelo, mas seria bacana ter uma chuteira do meu tamanho”, afirma.
Cuca fresca, o gigante nem baixa a cabeça pros eventuais gracejos. “Normal, tranquilão. Até gosto, sou o que sou: sou grandão”, diz ele, ciente de que o que vem de baixo não o atinge.
O gigante conta que começou a crescer mais rapidamente na adolescência. “Com uns 15, 16 anos eu cresci bem, mas no colégio sempre eu era o mais alto”, conta Rafael, que concluiu o Ensino Fundamental e parou de estudar.
Segundo Demétrio dos Santos Silva, 46, que deu oportunidade de trabalho para o jovem, o coração de Rafael é tão grande quanto sua altura. “Ele é um grande amigo, ajuda a gente, faz alguns serviços conosco.  Aqui ele é muito querido, quem nunca viu ele fica admirado e até tira foto”.
O mais alto do Brasil?
De acordo com o “RankBrasil - Recordes Brasileiros”, o brasileiro mais alto atualmente, com 2,29 m, 130 kg e calçando 58, é o paraibano Joélisson Fernandes da Silva.
Segundo a gerente comercial da “RankBrasil - Recordes Brasileiros”, Flavia Santos, 26, que certifica recordes nacionais e presta consultoria para quem pleiteia entrar para o “Guinness Book”, “a melhor opção para se consolidar um recorde é  primeiro galgar o parâmetro nacional, e depois o internacional”.
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E aí, vai encarar?
Um recorde, para ser efetivado, precisa ser comprovado, no caso da altura, por um médico. Depois, deve ser registrado em cartório ou por um auditor da entidade. “É preciso comprovar, por meio de documentação - neste caso, atestado médico, com as dimensões da altura, peso, número que calça -, e autenticar em cartório ou uma aferição presencial com um auditor do RankingBrasil. Pedimos a documentação antes, aí é feita aferição com o auditor, para se certificar se o participante vai de fato vai superar, ou não, um Record”, explica a gerente.
Rafael Santos do Nascimento
Gigantismo
De acordo com Kássie Cargnin, responsável pela Câmara Técnica de Endocrinologia do Cremerj (Conselho Estadual de Medicina do Rio), uma pessoa com 2,35 m pode ser diagnosticada portadora de gigantismo. “Gigantismo é uma doença crônica provocada por excesso de produção do hormônio do crescimento (GH) na infância ou puberdade, antes do fechamento das cartilagens. Isto causa crescimento excessivo do comprimento dos ossos, das vísceras e dos tecidos moles em geral, com resultado de uma estatura final superior à média, ultrapassando normalmente os 2 m”, explica a médica.
Tal anomalia ocorre devido a tumores. “A causa é a produção exagerada do GH e do IGF-1 (Insulin Growth Factor ). Essa produção se deve, em 98% dos casos, a tumores benignos da glândula hipófise, que fica na base do  cérebro”, completa Cargnin.

O gigantismo está atrelado a outros males. Além da altura muito acima da média, podem estar presentes entre os sintomas dores de cabeça, problemas de visão e atraso da puberdade. Mudanças na aparência física que podem ser atribuídas ao processo de envelhecimento (crescimento de mãos e pés, alargamento da região frontal e da testa, queixo proeminente, espaçamento entre os dentes e perda dentária, aumento do volume do tórax, nariz, genitais e dos lábios). E também alterações respiratórias, cardiovasculares, aumento do tamanho do coração e hipertensão.

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