segunda-feira, 22 de julho de 2013

EM TESTE INSETICIDA BIOLÓGICO CONTRA A MURIÇOCA

Postado  segunda-feira, 22 de julho de 2013  |  Ler Matéria»

Em teste »Pesquisadores pernambucanos criam inseticida biológico



Produto contra muriçocas vai ser aplicado na rua e disponibilizado para a população

Uma nova arma contra as muriçocas já está pronta para ser testada nas ruas. Depois de oito anos de estudos, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) desenvolveu um inseticida biológico em forma de granulado que, em laboratório, demonstrou ser eficaz no controle do inseto. Além de evitar os incômodos e doenças causados pelos pernilongos, o produto não agride o meio ambiente nem a saúde do homem. Os testes em campo simulado e na Região Metropolitana e interior serão realizados nos próximos meses. A expectativa é de que, futuramente, ele seja distribuído com as comunidades que sofrem com a infestação constante, como as que habitam nas margens de canais e rios. Além, claro, de avançar nas pesquisas de combate ao mosquito da dengue.

Feito à base da bactéria Bacillus sphaericus, comum no solo e na água, o produto age no estágio larval da muriçoca. De acordo com a bióloga e coordenadora das pesquisas, Liane Maranhão, o material é colocado em reservatórios de água, principalmente suja, onde estarão as larvas. “A larva ingere o granulado e fica com infecção no intestino. O quadro evolui para infecção generalizada e a larva morre”, explicou. Segundo ela, o granulado é uma “evolução” do material produzido antes pelos biólogos do instituto. “A gente trabalhava com o caldo fermentado que também é feito à base da mesma bactéria e era eficaz, mas o granulado tem mais estabilidade, é mais concentrado e mais prático que o caldo. O caldo, por exemplo, precisava estar sempre em condição adequada de refrigeração, o que era difícil para algumas pessoas”. 
Liane Maranhão coordena os estudos. Foto: Facebook/Reprodução da Internet
Liane Maranhão 


Até o momento, todos os testes com o inseticida foram feitos no Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, referência em filarioses. Os resultados mostraram-se eficazes e vão possibilitar muitos benefícios à população. Por ser um produto biológico, não gera toxidade ao homem nem ao meio ambiente. “Traz também uma melhor qualidade de vida para a comunidade porque a muriçoca transmite doença como a filariose, além de causar alergias. Também vai evitar o uso dos aerossóis que causam danos à saúde”, acrescentou Maranhão. No Recife, pelo menos 82 mil pessoas tiveram filariose em 2012, e em Olinda, 96 mil, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.



De acordo com o presidente do IPA, Julio Zoé de Brito, a ideia é aperfeiçoar as pesquisas para o mosquito da dengue e produzir o inseticida em grande escala para disponibilizar para a população. Mas a intenção esbarra na falta de equipamentos. “A construção do laboratório está sendo concluído, mas ainda não temos os biorreatores. Precisamos de dois aparelhos com capacidade de 500 litros cada um. Eles vão possibilitar a ampliação dessa inovação tecnológica moderna que desenvolvemos”, disse Brito.

Fonte Diário PE

O que é Filariose?
Doença parasitária crônica causada por vermes nematóides (as filárias).
Qual o micro-organismo envolvido?
O parasita responsável pela doença humana é o nematóide Wuchereria bancrofti, sendo vetor o mosquito Culex quiquefasciatus (pernilongo ou muriçoca).
Causas
Transmissão
O ser humano é a fonte primária de infecção; o parasita é transmitido de pessoa a pessoa por meio da picada do mosquito Culex quinquefasciatus (pernilongo).
Sintomas de Filariose
Na fase aguda podem aparecer fenômenos inflamatórios, entre eles inflamação dos vasos linfáticos e linfadenites, além de sintomas gerais, como febre, dor de cabeça, mal estar, entre outros. Mais tarde, por um período que pode levar meses ou anos, os pacientes podem apresentar inchaço de membros, e/ou mamas no caso das mulheres, e inchaço por retenção de líquido nos testículos no caso dos homens. Doenças infecciosas da pele são frequentes e presença de gordura na urina são outras possíveis manifestações. Pode ainda haver a evolução para formas graves e incapacitantes de elefantíase (aumento excessivo do tamanho de membros).
Tratamento de Filariose
O tratamento é feito com medicamentos, de acordo com as manifestações clínicas resultantes da infecção pelos vermes adultos e depende do tipo e grau de lesão que estes vermes provocaram e suas consequências clínicas.
Prevenção
Evitar a exposição prolongada aos mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus nos locais onde ainda ocorre a transmissão. No Brasil, estes locais estão restritos a bairros periféricos dos municípios de Recife, Olinda, Jaboatão e Paulista, todos da Região Metropolitana de Recife.




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