Turista morta por ataque de tubarão deve ser sepultada esta tarde
+ Bruna Gobbi - 18 anos
Está
previsto para as 14h desta quarta-feira, no município de Escada, zona da mata
norte de Pernambuco, o corpo da jovem Bruna Gobbi, de 18 anos, morta após um
ataque de tubarão em Boa Viagem. A expecattiva é que o cadáver deixe o
Instituto de Medicina Legal (IML), no Recife, por volta das 11h.
Depois
de ser necropsiado, o corpo permanceu no IML para aguardar a chegada do pai da
vítima de São Paulo, onde mora a família de Bruna. Valdir Gobbi, em entrevista
à imprensa paulista, desabafou “Tiraram muito mais do que um pedaço de mim. A
dor é sem limites”.
A
família pretende processar o estado. O tio da vítima, o comerciante Davi
Leonardo Alves, disse ontem que ainda não consultou um advogado, mas que o
governo é responsável pela morte da sobrinha, já que “vários casos semelhantes
foram registrados nos últimos anos e nada foi resolvido”. O secretário Wilson
Damázio explicou que esse assunto ficará a cargo da Procuradoria do Estado, mas
que não vê razão para a abertura de um processo. “Todas as medidas preventivas
para evitar um acidente foram tomadas”, disse.
Sonho
interrompido - O desejo de ir à praia era
mantido vivo por Bruna Gobbi, 18, há dez anos. Horas antes de ser atacada pelo
tubarão, ela havia elogiado o sol forte que entrava pela janela da casa onde
estava hospedada, no bairro de Ouro Preto, em Olinda. Chegou a dizer: “Hoje eu
vou”. A última visita da turista ao estado foi em 2003. Bruna, porém, adoeceu e
não viu o mar. A tão desejada viagem foi presente de aniversário - ela havia
alcançado a maioridade há um mês. Ontem, o pai dela, Valdir Gobbi, 45, e a mãe,
Josete do Nascimento, 43, estavam inconsoláveis. O enterro acontece hoje à
tarde, no Cemitério de Escada, a 60 quilômetros do Recife, uma hora antes do
horário que estava previsto para o retorno a São Paulo, após uma semana de
férias com a mãe, a tia-avó e a prima Daniele Silva, 26, que também foi
socorrida pelos bombeiros.
Na
última segunda-feira, Bruna acordou às 6h e foi incentivada pelo bom tempo a ir
à praia. “Ela parecia uma criança quando ganha presentes”, descreveu a prima e
enfermeira Daniele Silva, que presenciou o ataque do tubarão. O passeio à praia
havia sido programado no dia anterior. Pelo Facebook, ela detalhou a
programação para o namorado, narrou os momentos de emoção ao reencontrar os
parentes e expressou o desejo de voltar ao estado ainda este ano. “Seria em
dezembro ou em janeiro, apenas para passar as férias”, informou a prima.
Bruna
seguiu de ônibus para a praia com Daniele da Silva e três primos: Antônio
Carlos da Silva, 17, Felipe Leonardo Alves, 14, e José Adalto da Silva, 18. Ela
foi atacada cerca de 40 minutos depois de entrar no mar. Estava com a água na
cintura, mas foi puxada 30 metros para dentro pela correnteza. A prima dela
escapou, mas foi retirada da água pelos bombeiros desmaiada.
Imagem do ataque e resgate
Jovem mordida
por um tubarão morre em Recife
Bruna Gobbi, 18 anos,
foi a primeira mulher morta por esse tipo de ataque em PE
A turista paulista,
Bruna Gobbi, 18 anos, foi a primeira mulher morta por um tubarão em Recife
(PE). Bruna foi atacada na tarde de segunda-feira (22), na praia de Boa Viagem,
na zona sul da capital pernambucana. Ela chegou a ser socorrida e teve parte da
perna amputada. No entanto, ela não resistiu e morreu por volta das 23h30 de
segunda no Hospital da Restauração, na área central do Recife.
·
O
momento do ataque da turista pelo tubarão foi registrado pelas câmeras de
monitoramento do projeto Segurança na Orla, da Secretaria de Defesa Social
(SDS) de Recife (PE). Uma grande mancha de sangue é formada na água.
A praia da Boa Viagem
tem diversos avisos sobre o perigo de entrar no mar nessa região. Um deles
inclusive a cerca de 100 metros de onde Bruna foi mordida pelo animal. Um
salva-vidas também teria alertado a moça e a família da ameaça, antes dela
entrar no mar.
Na manhã desta terça
(23), o corpo da jovem está sendo submetido a uma autópsia no Instituto de
Medicina Legal (IML).
Bruna estava na praia
de Boa Viagem com a mãe; a avó; alguns primos, que moram em Olinda (cidade
vizinha da capital); e uma prima, Daniele Souza Gobbi, que estava no mar com
ela, mas não foi atacada.
Em julho, os ataques
são mais frequentes pela combinação de diversos fatores como tempo chuvoso,
água turva, lua cheia e praia com bastante pessoas por ser época de férias.
Provavelmente, o
tubarão envolvido nesse caso é o cabeça-chata. O ataque, geralmente, mata pela
hemorragia. Antes, a última ocorrência envolvendo uma mulher ocorreu em 2004. A
vítima perdeu parte dos glúteos, mas sobreviveu. Os dados são do Comitê
Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit). Os ataques de
tubarão no estado do Pernambuco começaram a ser contabilizados em 1992.
Fonte Diário
PE
Foto Blog Cabuloso
Foto Blog Cabuloso
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