16.09.14
Paulo passa por
saia-justa e Armando fica em casa em sabatina da Fiepe
Federação das
Indústrias ouviu as propostas dos principais candidatos ao governo do Estado.
Paulo questionou números e Armando defendeu o protecionismo
A
sabatina promovida pela Federação de Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe)
na tarde dessa segunda (15.09.14) com os candidatos Armando Monteiro Neto (PTB) e
Paulo Câmara (PSB) - principais postulantes ao governo estadual - mostrou
situações distintas no relacionamento com os concorrentes. Enquanto o petebista
(que presidiu a instituição por 12 anos, além de oito que ficou à frente da
CNI) encontrou um ambiente favorável, Paulo teve que escutar críticas a
respeito do tratamento do Estado com o empresariado. As propostas foram
apresentadas separadamente.
Ao
fazer a apresentação do quadro econômico de Pernambuco, o coordenador de
execução da Política Industrial de Pernambuco da Fiepe, Antônio Carlos
Maranhão, destacou que o Estado é considerado um dos mais instáveis e complexos
para a instalação de novas empresas. Ele também citou dados que mostram que
Pernambuco tem uma das energias mais caras do País, o que impacta na
competitividade com os demais estados.
Paulo
questionou a fonte dos dados e disse o tempo para instalação de novos
empreendimentos reduziu de 30 dias para nove dias. O socialista criticou o
sistema elétrico do País e disse que o custo da energia se deve ao modelo de
concessão, mas se comprometeu em rever formas para reduzir os valores. O
candidato foi questionado sobre as políticas de incentivo às micro e pequenas
empresas, tema que pauta os discursos de Armando Monteiro. Ele disse que seu
governo terá uma política tributária justa e se comprometeu a criar unidades
regionais da AD Diper.
Sentindo-se
em casa, Armando falou o que os empresários queriam ouvir: que, caso seja
eleito, irá defender alianças com o setor privado tanto para obras de caráter
econômico ou social. Falou também em não oferecer isenção fiscal para novas
empresas cuja produção seja semelhante à da indústria local, evitando, assim,
concorrentes. A sintonia com a plateia era tanta que, a cada pergunta, o
candidato era aplaudido.
“Uma
aliança estratégica, não tem outro nome. Se não construirmos uma aliança
estratégica do governo com o setor empresarial, nós não vamos poder enfrentar
essa agenda que é extremamente sobrecarregada”, afirmou.
O
petebista defendeu propostas para a área de educação, programas de incentivos e
infraestrutura e ainda respondeu questões feitas pelos empresários nas áreas de
qualificação, inovação e sustentabilidade.
Nas
considerações finais, aproveitou para alfinetar o adversário, afirmando que
Paulo Câmara é um “produto de marketing”. “A experiência indica que gestores
existem em várias áreas, nas instituições públicas, nas empresas, nas
universidades. Agora, políticos, é algo que não tem pronto na prateleira”,
disse.
Fonte JC
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