21/10/2013
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Ex de Mysheva responde por quatro crimes, um deles em Alagoas
Empresário Glécio Júlio de Oliveira prestou depoimento nesta segunda-feira, na Delegacia de Águas Belas
Entre as acusações que tramitam está
a de integrar quadrilha de roubo de veículos
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O empresário e dono da Funerária Santa Terezinha
Glécio Júlio de Oliveira, de 32 anos, prestou depoimento nesta segunda-feira
(21), na Delegacia de Águas Belas, dentro das investigações do assassinato do
promotor Thiago Faria. Glécio, que teria tido um relacionamento com a advogada
Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor, responde judicialmente por
três crimes de menor potencial ofensivo no Tribunal de Justiça de Pernambuco,
além de um processo por roubo majorado, na 4ª Vara Criminal do Tribunal de
Justiça do Estado de Alagoas (TJAL).
O roubo majorado é aquele que envolve até três situações: usar arma de
fogo, cometer o crime com ajuda de outra pessoa ou ter conhecimento de que a
vitima transporta valores. No entanto, como os detalhes do processo correm em
segredo de Justiça, não se sabe em qual ou quais das situações o crime se
enquadra. Glécio integraria uma quadrilha de ladrões de veículos que levava
carros roubados importados de Maceió para Garanhuns, no Agreste pernambucano,
de acordo com matéria publicada no dia 30 de novembro de 2004, na Gazeta de
Alagoas. Ainda de acordo com o jornal, ele e mais quatro homens foram presos
quando tentavam fugir com um veículo modelo Honda Civic. O carro foi roubado de
uma estudante de arquitetura que, na época, tinha 21 anos. Esse processo está
com audiência de instrução e julgamento marcada para o dia 11 de novembro
próximo, às 14h.
A estudante Yanna Feijó Gomes de Melo teria parado o carro na frente do
prédio da irmã, no bairro nobre da Ponta Verde, em Maceió, quando foi abordada
pela quadrilha. Durante o assalto, os criminosos chegaram a atirar, mas a
vítima não foi atingida. Na época, a jovem fez o reconhecimento dos cinco
suspeitos e o processo tramita na Justiça até hoje. Procurada pela reportagem
do FolhaPE, Yanna confirmou que a audiência está marcada para o próximo mês.
“Não posso passar mais detalhes porque segue em segredo de Justiça. Sei que
todos os cinco tinham antecedentes criminais”, revelou. O carro da estudante
foi recuperado em uma operação da Polícia Rodoviária Federal. Na época, além do
carro da estudante, os criminosos também teriam roubado outros três carros, um
Palio, um Uno e um Celta.
Num outro processo, desta vez em 2012, na Vara Única da Comarca de
Pedra, em Pernambuco, Glécio teve Mysheva Martins como advogada. Ele teria
cometido o crime previsto no artigo 42 da Lei de Contravenções Penais, que
consiste em perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheio. No site do TJPE,
a informação é de que o processo encontra-se no Ministério Público de
Pernambuco (MPPE). A última movimentação no TJPE foi no dia 28 de agosto deste
ano.
Glécio também respondeu por um Termo Circunstanciado de Ocorrência
(TCO), infração de menor potencial ofensivo, no dia 10 de julho de 2012, na
Vara Criminal da Comarca de Arcoverde. Como a vítima não representou criminalmente
contra Glécio, o processo foi arquivado. Outro processo de menor potencial foi
despachado pela Vara Criminal da Comarca de Arcoverde e condenou Glécio a
prestação de serviço comunitário uma vez na semana, durante três meses, no
Abrigo de Idosos São Vicente. Além disso, ele pagará pela pena de prestação
pecuniária no valor de R$ 678. O processo foi despachado no dia 9 de outubro,
cinco dias antes da morte do promotor Thiago Faria Soares.
Por telefone, Glécio informou que vai esperar que o delegado apure os
fatos e que prefere ficar neutro no caso. “Conversei com o delegado e não quero
colocar mais ‘nada em vista’. Não quero falar mais nada sobre o caso. Não tenho
que provar nada porque não estou sendo acusado”. Antes de ser questionado sobre
os processos, Glécio desligou o telefone celular.
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