07.03.15
A Procuradoria-Geral da República (PGR) encontrou nas investigações da
Operação Lava Jato um esquema de pagamento mensal a parlamentares. Os
pagamentos periódicos, em troca de indicações para as diretorias da Petrobras
foram revelados em depoimento pelo doleiro Alberto Youssef, um dos principais
operadores financeiros do esquema de corrupção envolvendo a estatal.
Em depoimento à Polícia Federal, Youssef afirmou que eram entregues
valores semanais, quinzenais ou até mensais aos líderes do PP em Brasília. O doleiro
relatou ainda que cada um dos líderes recebia por mês entre R$ 250 mil e R$ 500
mil a depender do mês. Como líderes da sigla, ele apontou o deputado Nelson
Meurer (PP-PR), o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte e dos ex-deputados
Pedro Corrêa (PP-PE) e João Pizzolati (PP-SC). Já o restante da bancada do
partido recebia, em média, de R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão por mês, que eram
divididos pelo PP.
Em depoimento prestado em 11 de fevereiro deste ano, o ex-diretor de
Abastecimento de Petrobras Paulo Roberto Costa afirma ter recebido uma
“homenagem” de parlamentares do PP em um restaurante em Brasília. Costa relata
que lhe foi entregue um “Rolex” por ele ser o “homem do Partido dentro da
Petrobrás”.
O fluxo de pagamentos é relatado em pedido de inquérito que envolve 39
pessoas por formação de quadrilha. É relatado ainda que os contratos envolviam
a diretoria de Abastecimento, que era cobrando normalmente uma propina de 2%
por Costa.
Fonte Estadão Conteúdo
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